Câmara e Juntas das Caldas estão unidas para fornecer 100 mil máscaras

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As máscaras serão distribuídas por todos os munícipes caldenses
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A Câmara das Caldas já comprou TNT (Tecido Não Tecido) e requisitou fábricas de marroquinarias em Santa Catarina para confeccionar 100 mil máscaras num mês. O objectivo será, depois, distribuí-las por todos os munícipes, dando primazia a quem está na frente de combate à pandemia. As juntas de freguesia têm-se desdobrado em apoios aos seus fregueses.

Começou no início da semana a produção de máscaras em larga escala para oferecer aos munícipes caldenses. A autarquia comprou o tecido e, obtido parecer dos especialistas da saúde, requisitou fábricas de marroquinarias na freguesia de Santa Catarina, que adaptaram a sua produção à confecção destes objectos de protecção contra o novo coronavírus.
“O tecido comprado dá para 110 mil mas num mês só devemos conseguir fazer 100 mil”, explicou à Gazeta das Caldas o presidente da Câmara, Tinta Ferreira.
À medida que as máscaras vão sendo confeccionadas serão distribuídas. O critério ainda não está definido, mas o objectivo é conseguir fazer chegar máscaras a todos os munícipes. “Não dispensa a compra, mas é uma garantia de que terão algumas, nesta altura em que é tão difícil arranjar”, concretiza o autarca.
O investimento com a produção das máscaras andará na ordem dos 40 a 50 mil euros, mas Tinta Ferreira espera contar com o contributo de alguns particulares, que poderão pagar directamente às fábricas parte da produção destas máscaras.
Às juntas de freguesia caberá a distribuição, fazendo chegar as máscaras aos agregados familiares e àqueles que precisam delas para trabalhar. Tinta Ferreira justifica esta medida como sendo uma preparação para a fase que aí vem de algum convívio social, permitindo às pessoas uma maior protecção nos transportes públicos, ou a ida a determinados locais, por exemplo.
O município, que tem reforçado os lares públicos e IPSS com este tipo de material, está também a tentar fazer chegá-lo agora aos lares privados.

APOIO VOLUNTÁRIO DAS JUNTAS

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De acordo com o presidente da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, Jorge Varela, as autarquias de base estão a trabalhar em rede, sob coordenação da autarquia.
“Em vez de duplicarmos estruturas de apoio que se sobreponham, com a consequente dispersão de recursos, as juntas têm optado por reforçar as iniciativas concelhias e criar respostas complementares, disse à Gazeta.
O autarca acredita “ser essa a melhor forma de garantir o apoio necessário aos fregueses, instituições e colectividades”, frisa.
Em conjunto com as restantes juntas, aquela autarquia tem procurado material hospitalar (ventiladores ou monitores), para oferecer ao hospital, mas “tem-se revelado uma missão impossível”, lamenta Jorge Varela, acrescentando que têm também adquirido tecido e outro material para criar equipamentos de protecção para os profissionais que estão na linha da frente.
A autarquia tem também recebido a disponibilidade de muitas pessoas que querem ajudar, tendo sido reencaminhadas para o grupo de voluntariado criado pela Câmara das Caldas. Através da psicóloga que colabora na Junta de Freguesia, integram um grupo concelhio de apoio psicológico.
A União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório tem recebido a inscrição de pessoas para voluntariado em diversas áreas e tem feito chegar a todas as IPSS e lares da freguesia diversos materiais, nomeadamente máscaras, viseiras e gel, a par da desinfecção dos espaços contíguos dessas instituições. “Para além destas instituições também temos feito distribuição destes materiais noutras instituições que estão na linha da frente, quer de saúde quer da segurança”, explica o presidente, Vítor Marques.
Esta autarquia de base tem disponibilizado o seu gabinete de psicologia, com duas psicólogas, e tem apoiado a população mais idosa com o pedido de receitas ao Centro de Saúde e, posteriormente, o levantamento dos medicamentos na farmácia e a entrega no domicílio, bem como de bens de primeira necessidade.
Também a Junta do Nadadouro está disponível para prestar auxílio na marcação de consultas, aquisição de medicamentos, compras de bens alimentares e entrega, entre outros. “No que precisar contacte-nos”, é o lema, explica a autarca, Alice Gesteiro. A autarquia de base conta também com a disponibilidade de diversas pessoas para, voluntariamente, ajudar no que for necessário.
O mesmo acontece em Carvalhal Benfeito, em que a Junta, em parceria com o Centro Social e Paroquial da localidade, tem ajudado a população disponibilizando-se para ir buscar medicamentos ou bens alimentares, assim como efectuar pagamentos da água e da electricidade.
Apesar de os serviços presenciais estarem encerrados, continuam a ter aberto o serviço dos correios para entregar os vales de reforma, a uma pessoa de cada vez, durante a primeira quinzena do mês.

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