Abre esta sexta-feira, 17 de Abril, a Praça da Fruta na Expoeste. O centro de exposições sofreu obras de adaptação para receber os vendedores em tempo de pandemia Covid-19. Nesta fase inicial há cerca de 50 vendedores interessados e o mercado funcionará diariamente.
Com a proibição de venda, em meados de Março, na Praça da Fruta, um mercado ao ar livre e um dos ex-libris da cidade, devido à probabilidade de contágio pelo novo coronavírus, a adaptação da Expoeste foi a solução encontrada pela Câmara para ajudar os vendedores a escoar os seus produtos.
A autarquia procedeu a obras no local, nomeadamente de desinfecção e limpeza total do espaço, pinturas, reparação das casas de banho e canalizações, colocação de extintores e de sinaléctica e arranjo dos espaços envolventes, nomeadamente do pórtico e da entrada, num investimento próximo dos 25 mil euros.
Haverá controle de entradas no recinto. Numa primeira fase, haverá um limite de 60 pessoas a quem será permitido estar no recinto do mercado de cada vez. “Apesar do espaço permitir mais pessoas, vamos controlar por uma questão de rigor”, explicou à Gazeta o presidente da Câmara, Tinta Ferreira. O autarca garante que serão bastante exigentes no controlo e aplicação das regras e que, se o espaço funcionar de maneira adequada, poderá, posteriormente, alargar o número de pessoas em permanência no recinto.
A abertura do mercado, prevista para hoje, está pendente da concordância da autoridade de saúde, que terá avaliado nos últimos dias as condições do local. Já foram contactados os vendedores regulares (com espaço licitado em hasta pública) da Praça da Fruta e, de acordo com o autarca, cerca de meia centena respondeu de forma positiva. Este número não obriga a que tenha que ser feita qualquer rotatividade, pois o espaço é suficiente para todos, mesmo ao sábado, que é o dia de maior afluência. O horário de funcionamento ao público será das 8h00 às 15h30.
De acordo com Tinta Ferreira, as pessoas que se enquadram em grupos de risco, como a idade avançada e problemas de saúde, “elas próprias não se mostraram disponíveis para ir vender”.
Neste novo recinto só terão que pagar o espaço quem vende, pontualmente, ao dia. Os que adquiriram o direito ao lugar em hasta pública “estão isentos de pagamento neste período”, explica o autarca, acrescentando que esta solução irá manter-se enquanto durar o confinamento. A Câmara irá também fazendo uma reavaliação das medidas tomadas consoante o desenvolvimento da pandemia.
Relativamente à possibilidade de alguns vendedores poderem comercializar os seus produtos agrícolas aproveitando o espaço do mercado do peixe, no centro da cidade, o presidente da Câmara explica que tratam-se de “mercados com exigências diferentes do ponto de vista da organização”. Para além disso, a dimensão do espaço não permitiria o cumprimento das normas de segurança, conclui o autarca.