O primeiro caso de infeção no Oeste registou-se a 16 de março, nas Caldas. Nestes 12 meses a pandemia tirou a vida a 709 pessoas na região
No próximo dia 16, assinala-se um ano do primeiro caso de covid-19 detetado na região Oeste, que dizia respeito a um sexagenário de Santa Catarina (Caldas).Passados quase 12 meses, o novo coronavírus infetou 22.233 pessoas no conjunto dos 12 concelhos do Oeste, sendo que, destas, 20.663 já recuperaram da infeção. Os números da pandemia continuam elevados, mas o cenário parece, agora, mais favorável do que nas semanas anteriores.
Segundo os dados da Comunidade Intermunicipal do Oeste à data de fecho desta edição (divulgados a 9 de março, com as informações atualizadas pelas autoridades de saúde até às 23h59 do dia anterior), existem agora no Oeste 861 casos ativos, um número que significa uma diminuição significativa (de quase 25 pontos percentuais) face aos 1.143 que se registavam na semana anterior.
Esta semana, todos os concelhos do Oeste apresentam menos casos ativos do que na semana anterior, com exceção da Nazaré, que tem mais três casos ativos, ficando agora com seis.
O número de casos ativos no Oeste desceu quase 25% nos últimos sete dias, com menos 282 casos do que os 1.143 que se registavam no dia 2 de março
Numa análise comparativa concelho a concelho é possível perceber que nas Caldas há menos 18 casos ativos do que os 193 da semana anterior.
Em Alcobaça há menos 21 ativos, no Bombarral menos 14, no Cadaval menos 3 e em Óbidos menos 4. No concelho de Alenquer há menos 44 casos do que na última semana, em Arruda dos Vinhos menos 46, na Lourinhã menos 24 e no Sobral de Monte Agraço menos 37.
Em Torres Vedras o número de ativos desceu dos 132 para os 110 (menos 22) e Peniche viu este número descer dos 137 para os 85 (menos 52).
Apesar da descida nos casos ativos, registaram-se mais 218 casos confirmados de covid-19 no Oeste: 78 em Torres Vedras, 50 em Alenquer, 29 nas Caldas, 15 em Peniche, 13 em Alcobaça, 9 no Cadaval, 8 no Bombarral, 6 no Sobral de Monte Agraço, 4 na Nazaré, 3 em Óbidos e 3 em Arruda dos Vinhos.
Só no município da Lourinhã é que não se registaram novos casos nos últimos sete dias, segundo os dados recolhidos pela OesteCIM.
A descida nos ativos explica-se devido ao facto de terem sido registadas mais 492 recuperações nos 12 concelhos.
Na última semana, há, também, a lamentar mais oito mortes, que aumentam o número de vítimas mortais para as 709. Estes oito óbitos foram registadas no Bombarral (1), Arruda dos Vinhos (2), Torres Vedras (2) e Caldas da Rainha (3), concelho onde a covid já fez, desde março, um total de 127 vítimas mortais.
Nas Caldas já houve 2.509 infeções, sendo que 2.207 pessoas já recuperaram, 127 perderam a vida e há 175 casos ativos
Cadaval com 10% de vacinação
Entretanto, a Câmara do Cadaval informou que desde 12 de janeiro já foram administradas mais de 2.300 vacinas a perto de 1.400 pessoas naquele concelho que segundo a autarquia tem um total de cerca de 14 mil utentes, ou seja, cerca de 10% do total já está vacinado.
Destes, quase 1400, um total de 922 já tinham recebido a vacinação completa (duas inoculações) e 467 utentes contavam ainda somente com a primeira inoculação.
Segundo Gilberto Guimarães, coordenador do centro de saúde citado em nota de imprensa da autarquia, o avanço do processo está muito dependente do ritmo do fornecimento de vacinas.
Relativamente à vacinação completa, há 35 profissionais de saúde do SNS, 653 pessoas das ERPI’s e RNCCI (268 profissionais e 385 utentes) e 234 utentes com mais de 80 anos ou com comorbilidades que já a receberam.
Apenas com a primeira dose administrada existe um profissional de saúde, duas pessoas de ERPI’s, 23 bombeiros, três colaboradores da Delegação do Cadaval da Cruz Vermelha e 440 utentes com mais de 80 anos ou comorbilidades.
A mesma fonte aponta aos constragimentos sentidos neste processo, como o facto de o fornecimento da vacina acontecer apenas na semana de vacinação e a incerteza no número de frascos que irão ser fornecidos, que dificultam a gestão. Acresce que o número de frascos de vacinas fornecidos semanalmente, até ao momento, é considerado diminuto. Depois há ainda a falta de espaço físico para o tempo de espera pós-vacinação dos utentes no centro de saúde do Cadaval. ■