A 10ª Conferência Internacional de Geoparques Mundiais da UNESCO, que decorreu em Marraquexe até ser interrompida pelo brutal sismo que ocorreu nesta região do Reino de Marrocos, aprovou por unanimidade a proposta de criação do Geoparque Oeste. Foi assim tomada mais uma decisão para a concretização deste objetivo da AGEO – Associação Geoparque Oeste. O processo passou à fase seguinte: a validação pelo Conselho Executivo da UNESCO em 2024.
O relatório da equipa técnica dos dois avaliadores internacionais que visitaram a região em julho foi bem recebido nesta conferência, apesar de terem sido colocadas diversas questões durante o debate. Segundo Miguel Reis Silva, foi dado “um passo decisivo para o reconhecimento da UNESCO deste território como Geoparque Mundial”. As questões levantadas relacionaram-se com o facto do aspiring Geoparque Oeste (aGO) ser costeiro e de não ter ainda geossítios ligados aos ecossistemas marinhos. “Esse é um trabalho que está a ser feito, nomeadamente através da constituição da Reserva Natural Local Foz Azul, no concelho de Torres Vedras, mas também com o trabalho que está a começar a ser desenvolvido pelo Centro para a Sustentabilidade do Mar e Zonas Costeiras, em Porto Novo, numa parceria com a Universidade Nova de Lisboa. Há ainda algum trabalho mais académico que estamos a desenvolver com alguns investigadores”, esclareceu à Gazeta o coordenador-executivo da AGEO.
O aGO integra 22 geossítios nos concelhos de Lourinhã, Bombarral, Cadaval, Torres Vedras, Peniche e Caldas da Rainha, cujos municípios estiveram integrados na delegação da AGEO à conferência internacional. Integraram ainda o grupo autarcas de Alenquer e Óbidos que estão também interessados na adesão a este projeto que pretende valorizar todo o território do Oeste. ■