Demolição do Cais da Foz levanta dúvidas

0
246
Há vários anos que o cais está interdito e o estado de degradação tem-se agravado

A demolição do cais da Foz, na Lagoa de Óbidos, que ocorreu durante a semana passada, foi questionada pelo deputado municipal Paulo Espírito Santo (PSD), nomeadamente no que respeita à autorização para o efeito, por parte da Agência Portuguesa para o Ambiente (APA). O social-democrata quis ainda saber se foi feito um estudo da contaminação dos detritos e para onde estes foram levados.
De acordo com o presidente da Câmara, Vítor Marques, foi contatada a APA e formalizado um ofício com o pedido de demolição e também contatadas a Junta da Foz do Arelho, a associação de mariscadores, Turismo e Capitania. “O material do cais vai ser retirado e no local será colocada areia da zona junto ao mar”, concretizou.
Questionada pela Gazeta das Caldas, a APA confirmou que o município das Caldas solicitou autorização à APA/ARH do Tejo e Oeste para “dar início à intervenção de demolição do cais da Foz do Arelho, de modo a executar uma ação prevista e há muito articulada com os serviços da Câmara Municipal e com a Capitania de Peniche”.
Entretanto, a Comissão Cívica de Proteção das Linhas de Água e Ambiente emitiu um comunicado onde informa que o cais foi demolido sem que esta tivesse tido oportunidade de opiniar sobre o assunto. Lembra que há muito tempo que se discute a sua demolição e que esta ainda não tinha acontecido porque não havia consenso sobre o “destino a dar ao entulho”. Acrescenta que há “entulho que aguarda depositado dentro da Lagoa” e garante que vai ficar atenta quanto à remoção. ■