Ocorrência na Foz do Arelho vedou acesso a uma habitação e obrigou a intervenção dos serviços municipalizados e proteção civil
Um deslizamento de terras ocorrido durante a madrugada desta segunda-feira, dia 4 de dezembro, vedou o acesso a uma habitação na Rua Joaquim Frutuoso, na Foz do Arelho, onde residem dois octagenários.
Os cerca de 20 moradores daquela rua queixaram-se da situação, que levou ao local o responsável do Serviço Municipal de Proteção Civil, para garantir a segurança de pessoas e bens. Os Bombeiros também estiveram no local, a auxiliar na limpeza da estrada, que foi feita de manhã. Durante a tarde decorreram os trabalhos de remoção do lixo.
O presidente da Câmara, Vítor Marques, o vice-presidente Joaquim Beato, vários técnicos da autarquia e serviços municipalizados e o presidente da Junta também foram ao local falar com os moradores, que atribuem as culpas deste acontecimento e de outros recentes, que têm levado a lama para a rua principal da Foz do Arelho, às obras para construção de um loteamento naquela encosta. “Começou há cerca de um ano e meio, com as terraplanagens”, conta Carla Gonçalves.
Os moradores pretendem agora continuar a acompanhar o processo e as soluções implementadas para lhes dar segurança, preocupando-os também a garantia do único acesso às suas casas, numa estrada que apresenta sinais de degradação.
Os residentes queixam-se, por exemplo, de água a inundar as suas garagens, mas também de lama a entrar para as piscinas, entre outros problemas que não afetam apenas os moradores desta rua, como as lamas nas estradas principais da Foz do Arelho.
O presidente da Câmara, Vítor Marques, diz que têm vindo a acompanhar esta situação e que os próximos passos serão reuniões com responsáveis dos serviços e também com responsáveis da empresa promotora do projeto de loteamento, a Tejopolis, para “encontrar as melhores soluções para encaminhar as águas para que não causem este tipo de problemas”. A primeira decorreu na manhã de terça-feira. Em resposta a um dos moradores o autarca referiu que o projeto já vem do anterior executivo, mas lembrou que “estamos aqui é a representar o município. Se fomos nós ou outros a fazê-lo no passado, para mim não conta nada, conta é que temos um problema e há que resolvê-lo, não estamos aqui à procura de culpados, mas sim de soluções”. ■