Foi detectada na sexta-feira, 27 de Janeiro, no serviço de Ortopedia do Hospital de Torres Vedras (que pertence ao CHO), a existência de legionella numa casa de banho. Os 17 doentes que se encontravam naquele serviço foram transferidos para outras áreas do mesmo hospital.
Estas bactérias, que surgem nos circuitos da água quente são de má memória nas Caldas. O hospital termal, por causa da legionella e da pseudomona (outra bactéria congénere), teve que suspender os tratamentos termais por várias vezes desde 1997 até 2013, ano em que encerrou portas até hoje.
A administração do CHO não quis responder às perguntas da Gazeta das Caldas sobre este assunto, mas tornou público um comunicado onde diz que a existência de legionella no hospital de Torres Vedras foi detectada no âmbito de ações de prevenção (colheitas de amostras de água) que são realizadas com regularidade mensal. Não há doentes nem profissionais de saúde infectados.
Para prevenir situações futuras, o mesmo comunicado afirma que vai ser adquirido um sistema de desinfeção do circuito de água fria e águas quentes sanitárias para as três unidades hospitalares (Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche).
A situação no Hospital de Torres está a ser acompanhada, desde a detecção, pelas autoridades locais e regionais de saúde pública que, segundo o CHO, consideram a situação “de baixo risco”.
As medidas de desinfecção estão a ser feitas com choques térmicos de altas temperaturas nos pontos de utilização de água, tendo sido também já realizadas novas análises, cujos resultados só serão conhecidos nas próximas semanas.
Entretanto as tubagens estão a ser substituídas e as consultas e cirurgias de Ortopedia estão a decorrer com normalidade.
A legionella tem dado que falar nos últimos tempos. Até terça-feira, dia do fecho desta edição, já iam em 13 o número de infectados com esta bactéria no Hospital CUF Descobertas, em Lisboa.