Dezenas de atividades no dia aberto assinalaram 30 anos da EBI Santo Onofre

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Flashmob no campo de jogos deu início às atividades do dia aberto na escola

Comemorações, que decorreram na tarde do passado sábado, iniciaram-se com um flashmob com dezenas de pessoas no Campo de Jogos

 

Na tarde do passado sábado, dia 20 de abril, realizou-se o Dia Aberto da Escola Básica Santo Onofre (antiga E.B.I.), com centenas de alunos, familiares, docentes e discentes a participar.
O Dia Aberto começou este ano com um flash mob, com dezenas de participantes, no campo de jogos da escola, a dançarem uma música sobre os 30 anos do estabelecimento escolar, que foi fundado em 1994. Seguiu-se o cantar dos parabéns
à escola e o partir de um grande bolo de aniversário com a fachada do edifício, também no campo de jogos, num momento de festa.
João Silva, diretor do Agrupamento de Escolas Raul Proença, do qual faz parte a EB Santo Onofre, recebeu os convidados neste dia diferente salientando que “as pessoas que aqui trabalham têm muito orgulho nesta escola” e que o grande objetivo é que, “para os alunos, a passagem por aqui seja uma experiência marcante”. O mesmo responsável agradeceu também o voluntarismo dos trabalhadores e deixou os votos “de que esta seja uma tarde única e que vocês, alunos, sejam fãs da Escola Básica de Santo Onofre como nós somos”.
Depois dos “parabéns” houve momentos musicais e de dança pela Academia de Música de Óbidos e pela Escola Vocacional de Dança das Caldas. No Dia Aberto havia jogos matemáticos, torneios de xadrez e também espaços dedicados às línguas. Neste dia aberto era possível fazer experiências na área da ciência e da físico-química, experimentar jogar badminton e apreciar exposições de trabalhos dos alunos sobre temas relevantes, como a Liberdade nos 50 anos do 25 de Abril ou o tabagismo.
Na sala 17 encontramos a professora Rosa Brochado, que propõe-nos aprender “o Braille enquanto Cultura Geral e Aprendizagem Inclusiva”. A lecionar há nove anos neste agrupamento, a professora tem atualmente quatro alunos de 2º, 8º e 11º ano. “Já fiz esta atividade noutros anos e tem sempre pessoas que se interessam e que têm curiosidade”, conta. E, até pode parecer que o Braille é muito complexo, “mas tem uma base simples, que depois se complica”, começa por explicar, esclarecendo que se tratam de células com seis partes, ou seja, duas colunas com três quadrados de altura à esquerda e três à direita, como – simplificando – a disposição dos ovos numa caixa ao alto. Aprendemos a escrever o nosso nome e depois somos desafiados a transcrever uma de duas frases: a uns calhou “Hoje aprendi Braille” a outros “Já sei ler Braille”.
Entretanto seguimos até à Horta do Onofre, um projeto interessante desta escola que já conseguiu captar a atenção da sociedade civil, tendo sido criado o “Grupo dos Amigos da Horta do Onofre” e recebendo o apoio da Caixa de Crédito Agrícola das Caldas, Óbidos e Peniche. Na horta encontramos o professor Carlos Pessoa que, antes de plantar um medronheiro com alguns jovens, explica que de uma horta biológica querem agora dar um passo em frente tornando-a uma horta regenerativa. O objetivo é “que seja um laboratório vivo”, podendo servir de inspiração a outros projetos pessoais ou escolares. Tem também a missão de promover a dieta mediterrânica.
Mas, mais do que isso, aqui procuram-se incutir boas práticas a todos os níveis. A importância da água e do seu aproveitamento, por exemplo, não é só uma teoria que ouvem falar. Aqui os alunos observam na prática como é que apenas com um sistema simples e com depósitos se podem armazenar com facilidade dois mil litros de água para regar (que em breve serão aumentados para o dobro). Os jovens estudantes são responsáveis por semear, plantar, regar, manter e cuidar do espaço. ■

Iniciativa levou centenas de pessoas à escola na tarde de sábado