Eletrificação até às Caldas só no primeiro semestre de 2024

0
402

A Infraestruturas de Portugal revela que troço entre Torres Vedras e as Caldas está com três meses de atraso

A conclusão das empreitadas de modernização da Linha do Oeste entre Meleças e as Caldas da Rainha deverá ocorrer “durante o primeiro semestre de 2024”. A resposta foi dada pelas Infraestruturas de Portugal (IP) à Gazeta das Caldas, adiando assim o prazo inicial, até finais de 2023.
A mesma entidade refere que no troço Meleças/Torres Vedras verifica-se um atraso de 18 meses e no troço Torres Vedras/Caldas Rainha, de três meses. Até ao momento foram executadas diversas intervenções, sobretudo ao nível de de catenária, cabos de sinalização e instalação de torres para telecomunicações. O alteamento e prolongamento das plataformas de passageiros, execução de passagens desniveladas, de drenagem transversal e de aterros para plataforma ferroviária, foram outros dos trabalhos. Foram ainda reabilitados alguns edifícios de estações. Junto à estação das Caldas será construído um edifício técnico de apoio. Este será implementado na zona dos antigos dormitórios que foram demolidos e instalada uma torre para telecomunicações (GSM-R), imediatamente a seguir ao edifício técnico. Relativamente à futura ligação da Linha do Oeste a Lisboa a IP esclareceu que para esse troço não estão previstas quaisquer intervenções no âmbito do plano de investimentos Ferrovia 2020.
Também questionado o ministro das Infraestruturas sobre a importância da intervenção e a calendarização das obras na Linha do Oeste, Gazeta das Caldas não obteve resposta.

PCP critica atrasos
Recentemente, as direções regionais de Lisboa e de Leiria do PCP tomaram uma posição conjunta “face a novos atrasos” na eletrificação da linha do Oeste. Referem que “apesar da propaganda, é cada vez mais evidente que a modernização em curso da Linha do Oeste até às Caldas da Rainha, que deveria ter estado concluída em 2020, não estará pronta antes de Dezembro de 2023”. O PCP chama a atenção de que as sucessivas derrapagens nos prazos “colocam neste momento em risco o acesso a fundos comunitários (que garantem 39% deste investimento) para a sua construção”. No mesmo comunicado as estruturas comunistas avançam com algumas propostas como a eletrificação e modernização da Linha do Oeste em toda a sua extensão, a interligação deste eixo ferroviário com a Linha do Norte e com eixos de transporte rodoviário existentes ou a criar. ■