Iniciativa, que já vai na 17ª edição envolveu cerca de 3000 alunos e teve por temática os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Uma passadeira inteligente, composta por um kit que permite controlar a velocidade instantânea dos veículos, detetar a aproximação de peões e iluminar as faixas pintadas na estrada através de leds de cor branca, da autoria de André Carvalho, Bruno Leitão, Bruno Santos e Guilherme Agostinho, do terceiro ano do Cenfim, foi o projeto vencedor ao nível do secundário, da 17ª Gala do Empreendedorismo das Caldas da Rainha.
O jovem empreendedor Filipe Silva, aluno da D. João II, criou as BIPE, bicicletas produtoras de energia a partir do movimento exercido ao pedalar e arrecadou o primeiro lugar ao nível do terceiro ciclo. A proteção e limpeza da Mata das Mestras, recuperação da casa do guarda e promoção de atividades lúdicas em comunidade valeu a Mara Leal, Margarida Leal e Elisabete Ribeiro, da Escola Básica de Santa Catarina, o primeiro lugar do segundo ciclo, enquanto que no primeiro ciclo foi escolhido o MOVI, um suporte para malas, mochilas e sacos, idealizado por Diana Simões e Maria Irene Bairros, da Escola Básica de Santa Catarina.
Os projetos foram escolhidos por um juri, entre 12 selecionados, na tarde de sábado, 4 de maio, no auditório da Expoeste. Foram ainda distinguidos a Escola Básica de Santa Catarina como a Escola Mais Empreendedora e a docente dessa escola, Susana Silva, como a Professora mais Empreendedora. O Agrupamento de Escolas D. João II foi considerado como Escola mais Criativa.
Este ano foram apresentadas 75 ideias a concurso, apoiadas por 94 ações desenvolvidas nas escolas, das quais 36 de foram de literacia financeira e 58 de empreendedorismo, envolvendo 2256 alunos. A temática subjacente a todos os projetos foi a dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, tendo participado nesta edição sete agrupamentos e escolas profissionais.
Sérgio Félix, secretário geral da AIRO, entidade que organiza a iniciativa juntamente com a Câmara das Caldas, destacou a formação em literacia financeira dada aos alunos do terceiro ciclo e secundário, respondendo a uma lacuna identificada nas edições anteriores. As ações foram dinamizadas pela equipa da AIRO, que também convidou alguns empresários e entidades, como as Águas do Tejo e Atlântico para participar.
Este ano houve também uma Semana do Empreendedorismo, com visitas a empresas e experiências junto do mercado de trabalho.
Sérgio Félix considera que tem havido um crescendo ao nível da participação e atualmente estão em “velocidade cruzeiro”.
Na próxima edição será dado ênfase a uma perspetiva de Orçamento Participativo, convidando os alunos a diagnosticam alguma necessidade na escola ou na sua localidade e pensarem numa solução. O objetivo é que depois, em parceria com o município, os melhores projetos possam ser concretizados, salientou o responsável.
Estão também a envolver as universidades e escolas mais tecnológicas, que permitirão aos alunos apresentar as suas ideias em maquetes e projetos mais demonstrativos.
Os projetos apresentados passarão a constar de um banco de ideias, que estará disponível em formato digital. ■