ESAD.CR assinala 30º aniversário com vários eventos

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Diretor e presidente da AE na abertura da “Abaladiça”
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Escola voltou a transformar parte do seu espaço numa gigantesca galeria. Há também debates, filmes e aulas abertas

Abriu ao público, a 8 de maio, a “Abaladiça”, assim se designa a exposição do ano da ESAD.CR e que foi buscar o nome a este regionalismo alentejano que se refere à última bebida que se toma antes de sair de um bar ou de uma festa.
A mostra coletiva reuniu os trabalhos dos finalistas dos TESPs, das licenciaturas e dos mestrados e que pôde ser vista, durante uma semana, pela comunidade exterior à escola de artes.
A mostra não teve visita guiada programada, mas nas salas estiveram responsáveis a quem os visitantes podiam pedir explicações sobre os trabalhos.
Esta foi a oportunidade de passar pelos corredores, átrios, salas de aulas e ateliers da escola e de conhecer, com pormenor, os trabalhos que são produzidos pelos alunos e que com eles participam em concursos ou os realizam também em parcerias com empresas.
João Santos, o diretor da escola, recordou que a ESAD.CR, que deveria ter celebrado os 30 anos quando se vivia a pandemia, agora continua a assinalar a data, mesmo quando já está a cumprir o seu 35º aniversário. E fá-lo com muitas atividades. Além da exposição, decorreram mais de 50 atividades paralelas como conferências, aulas abertas, exibição de filmes e debates .
“É uma organização de alunos para alunos, com o apoio dos professores e que fazem parte da avaliação”, disse o docente acrescentando que neste tipo de iniciativas que envolvem tanta gente “correm-se grandes riscos mas creio que esse é o espírito da própria ESAD.CR”.
Por seu lado, Violeta Gregório, a presidente da Associação de Estudantes (AE), no seu discurso afirmou que ”apesar dos materiais de trabalho para os vários cursos serem muito caros, a propina ser insustentável, as residências fecharem e cada estudante deslocado não corresponder a uma cama pública, ainda assim conseguiram terminar a vossa formação, isso é algo que de facto nos enche de orgulho”. A AE foi também a responsável pela festa que se seguiu à inauguração onde não faltaram os DJ’s e os comes e bebes.

A coordenação global da mostra coube aos alunos e docentes do curso de Programação e Produção Cultural (PPC) e foi um dos projetos pedagógicos da disciplina.
Segundo a docente, Carla Cardoso, são os próprios alunos que “coordenam tudo o que é preciso com professores e alunos de cada curso da escola”. A participar na “Abaladiça” estão cerca de 300 alunos e, segundo a professora, foram também convidados colecionadores, curadores e empresários para verem esta apresentação “que acaba por ser um importante cartão de visita da escola”.
Por seu lado, a aluna Rita Baleia, que é de Sintra, destacou que este foi um trabalho de equipa, bastante exigente, mas muito bom para quem, como ela, quer seguir Curadoria. Já Afonso Viegas, que é do Algarve, é finalista de Design de Espaços e salientou a interdisciplinaridade que foi necessária para que tudo pudesse resultar na concretização de “Abaladiça”. Por agora gosta de viver nas Caldas que diz que é “o berço das Artes deste país”, mas um dia vai voltar ao Algarve onde quer trabalhar nas artes.
Fernando Carradas do curso de Design de Produto explicou que a mostra deste curso apresentou trabalhos das disciplinas que remetem para a produção de objetos. Um dos alunos a expôr, Nuno Sustelo, mostrou um jogo pedagógico em cerâmica que visa ajudar as crianças a aprender. Apresentou também uma embalagem para vinhos, feita em cerâmica, proposta que foi enviada para concursos. “Quisemos abrir as salas e mostrar o espaço do trabalho dos alunos”, disse Célia Bragança responsável pelo curso de Artes Plásticas. Lara Rosa, 21 anos,deu a conhecer o seu trabalho de tecido e serigrafia, onde trabalha o tema das feridas e fendas físicas e psicológicas.
A estudante finalista está a pensar em seguir para mestrado para estudar escultura. ■

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