Escolas têm mais professores, mas reformas são “problema”

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Escolas da região têm hoje mais professores do que há quatro anos, mas número de docentes a atingir idade de reforma preocupa diretores

O início de ano letivo não se faz sem professores, e nas escolas das Caldas da Rainha e Óbidos, são 834 os docentes que vão assumir a responsabilidade de transmitir conhecimento aos alunos e preparar os adultos de amanhã.
Este número reflete um aumento de 4,3% em relação ao ano letivo de 2019/20, no conjunto dos agrupamentos de escolas das Caldas da Rainha e de Óbidos, e incluindo ainda o Colégio Rainha D. Leonor, a instituição de ensino privada que abrange nas Caldas todos os ciclos de ensino.
Tirando algumas exceções, as escolas da região começaram com os quadro de professores completo. A excepção são os agrupamentos Rafael Bordalo Pinheiro, que ao dia do início das aulas, 15 de setembro, tinha 10 vagas por preencher, e o Raul Proença, com três professores ainda em falta.
Mas há outra questão que preocupa os diretores dos agrupamentos. João Silva, diretor do agrupamento Raul Proença, adianta que este ano recebeu 45 novos professores para render os que se reformaram e os que estão a atingir a idade de reforma. “Saíram 12 professores em pouco tempo e temos uma lista enorme de professores a chegar à idade da reforma, numa média de um a dois por mês”.
João Silva realça que substituir estes professores “é um problema”, porque “há vinte e tal anos atrás os professores entravam numa escola e faziam uma aprendizagem com os mais velhos, mas agora os professores vão embora sem estar gente nova a entrar”.
No início do ano, vieram a público notícias na imprensa nacional que em 2023 3500 professores atingiriam a idade de reforma, o maior número desde 2013, quando se reformaram mais de 4500. Desde então 19.200 professores aposentaram-se, enquanto apenas 17540 se vincularam.■

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