
No domingo, 7 de novembro, os Silos receberam a primeira feira dedicada ao livro usado e ao artesanato. Há vontade de o tornar mensal.
O verão de S. Martinho chegou mais cedo e foi benéfico para atrair público ao parque de estacionamento dos Silos, que acolheu a primeira Feira do Livro Usado e de Artesanato, organizada pela Associação Nova Versão.
Os vendedores não faltaram à chamada e trouxeram livros em segunda mão e artesanato variado: desde malhas, bijuteria até às caixas de madeira.
Aline Costa possui o seu ateliê de pintura e artes decorativas no edifícios dos Silos e apreciou o evento. “Estou a gostar de participar. Há sempre bom convívio entre quem vende”, disse a participante, que entende que o espaço “é adequado à realização” e que esta poderia ter lugar uma vez por mês. Ana Pereira veio da Fanadia e estava a fazer bordados das Caldas ao vivo. Diz que a feira tem condições neste espaço só que agora “é preciso tempo para as pessoas se lembrarem que há mais um certame no calendário da região”, rematou.
Por seu lado, Carlos Amado, que vive no concelho do Cadaval, trouxe livros que vende como passatempo. Faz a Feira das Velharias no Parque e veio experimentar este certame. Decidiu também inscrever-se para as duas edições desta feira, que decorrerão nos Silos nos dias 5 e 19 de dezembro.
“Esta feira pretende dar uma segunda vida a livros que as pessoas já não querem”
Ana Clara Pereira
A caldense Catarina Ruivo foi uma das vistantes deste certame que acha que “vale a pena”, pois “há livros interessantes com preços mais acessíveis”.
Dois ceramistas do grupo GAVE, de Queluz, participaram neste evento. Nuno e Anabela Justino, que regressam a 19 de dezembro, marcaram presença com uma banca de venda das peças de cerâmica que fazem questão de executar ao vivo.
A artesã Fátima Pedrosa também participou, dando a conhecer as suas peças feitas em madeira. Tem ateliê na Foz do Arelho e modela a matéria, transformando troncos em suportes para velas, candeeiros ou chávenas. Foi a estreia desta autora que iniciou este trabalho durante o confinamento. Na sua opinião, a feira “tem pernas para andar”, só precisa de “apostar mais na divulgação”.
“Foi uma pena terem deixado aqui alguns carros…”, lamentou a organizadora, Ana Clara Pereira da Nova Versão, acrescentando que entre os participantes estiveram artesãos do Oeste e da grande Lisboa.
“Há vontade de fazer mais feiras deste tipo. Vamos ver se é possível uma vez por mês”, contou a responsável que quer manter a parceira com a Ceres.
A Associação Nova Versão tem cariz solidário e dedica-se a angariar fundos para proporcionar apoio ao estudo para crianças carenciadas. São também responsáveis pelos Encontros de Velharias, no Parque da JOM. O próximo será a 20 de novembro. ■