Ciclista entrou para a história da modalidade. Liderou a Volta a Itália durante 15 dias e criou uma onda rosa no país
João Almeida tornou-se “imortal” em 2020, ao garantir uma das melhores classificações de sempre de um ciclista português numa das grandes Voltas internacionais. O caldense envergou a camisola rosa durante 15 dias e criou uma verdadeira onda rosa, que varreu, no sentido positivo do termo, um país que sempre apreciou o ciclismo, mas que tinha, de certo modo, esquecido a modalidade.
De resto, a brilhante prestação do ciclista da Deceuninck-Quick-Step no Giro d’Italia, com um 4º lugar na geral individual, foi um dos factos mais positivos de um ano repleto de notícias negativas, tendo motivado, de resto, a presença da Gazeta em Itália, para acompanhar o caldense nos últimos dois dias da prova.
E se é verdade que não venceu a competição, não é menos certo que se tornou no melhor português de sempre no Giro, superando José Azevedo, que tinha sido 5.º em 2001. Igualou, assim, José Ribeiro da Silva, 4.º classificado na Vuelta, de 1957, que era o segundo melhor português em grandes competições internacionais. Pelo que, em função da epopeia em terras transalpinas, tem o nome imortalizado no desporto português.
Em Milão, com a catedral ao fundo, João Almeida, de apenas 21 anos, não conteve a emoção quando terminou o contrarrelógio final. “É incrível, nunca pensei alcançar este resultado. Estou muito grato à minha equipa por tudo o que fizeram por mim”, declarou o ciclista à Gazeta das Caldas.