O centro de exposições irá tornar-se num espaço multiusos e deixará de ser gerido pela ADIO, já em 2023
Construída em inícios da década de 1990, com um espaço de 15 mil metros quadrados, distribuído por um pavilhão, um auditório, diversas salas de formação e outros equipamentos de apoio, a Expoeste vai ser reabilitada. O edifício é do município que, nesta fase, está a avaliar a a intervenção no espaço, de modo a criar melhores condições para a realização de atividades e funcionamento da AIRO – Associação Industrial da Região Oeste, que ali está sediada.
“Pretendemos fazer melhorias a vários níveis e dar mais funcionalidades ao espaço, mas a intervenção não põe em causa a continuidade das tasquinhas”, esclarece o presidente da Câmara, Vítor Marques, sublinhando que o projeto de requalificação de todo o edifício integra as diversas valências que ali existem e dotarão o espaço de mais condições, na nave, para que possa ter outras funcionalidades. “As feiras já não têm o élan que tinham no passado e o que estamos a ponderar para ali é a criação de um espaço multiusos, que possa acolher eventos desportivos, culturais, entre outros”, explicou o chefe do executivo municipal, dando como exemplos o Portimão Arena ou o Multiusos de Guimarães.
Vítor Marques explicou ainda à Gazeta que, a partir do próximo ano, deixa de ser a ADIO – Associação para o Desenvolvimento Industrial do Oeste, a entidade gestora da Expoeste, uma vez que esta associação será extinta. De acordo com o autarca, esta decisão vem dar seguimento a uma determinação da Assembleia Municipal, de 2015, onde foi aprovada a extinção da ADJCR – Associação para o Desenvolvimento da Juventude das Caldas da Rainha, ADIO e da Culturcaldas, fundindo estas três associações numa só.
Inicialmente denominado Centro Empresarial do Oeste, e mais tarde Expoeste, a concretização do edifício resulta de um projeto preparado e apresentado ao Ministério da Indústria pela AIRO, mais concretamente à Medida 1 do PEDIP (Programa Especifico de Apoio à Indústria Portuguesa) que se destinava à criação de infraestruturas para a Indústria e à qual apenas as associações industriais tinham acesso. A AIRO obteve um subsídio, por parte do Ministério da Indústria, superior a 1.4 milhões de euros, que ali foram integralmente aplicados. A ADIO viria a constituir-se através da associação da AIRO com a Câmara, com o objetivo de arranjar a restante verba necessária à concretização do centro de exposições. Mais tarde entrariam como sócias da ADIO, as juntas de freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, Santo Onofre, Alvorninha, Santa Catarina e Vidais, assim como a ACCCRO.
A ADIO apresenta como missão contribuir para o desenvolvimento industrial e comercial do Oeste através da realização de certames, exposições e congressos.■