Fábrica da Páscoa foi “aposta ganha” e é para manter

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Animação do evento foi elogiada pelas famílias que visitaram a Fábrica da Páscoa

Iniciativa, que recebeu milhares de pessoas e animou período de férias escolares, foi elogiada e regressa no próximo ano

A Fábrica da Páscoa recriava uma imaginária unidade fabril de produção de ovos da Páscoa. Com um carro antigo, uma grande máquina e ainda um comboio, o cenário chama a atenção por si só, mas também pela decoração com ovos, ursos e coelhos, baloiços e pequenas casas de madeira.
Ora vemos um carrossel para os mais pequenos, ora nos cruzamos com o Chapeleiro da Alice no País das Maravilhas, que nos chama porque vai contar uma história.
Sentados no tapete de relva sintética, escutamos com toda a atenção um conto contado com entusiasmo, com recurso a adereços e alguma loucura típica do personagem, e, no final, o Chapeleiro sugere uma dança. Já iremos falar com ele…
Entretanto, aproveitamos para apreciar os stands expositores, em madeira. Vemos artesanato, comida e gulodices, artesanato, acessórios, entre outros.
No cenário destaca-se também a casa doce do carro alegórico feito pela Associação Cultura e Recreio do Campo para o Carnaval, com os seus tons rosa, também na bicicleta dos doces e no livro de receitas.
As bolinhas de sabão são motivo para brincadeira dos mais novos, assim como os malabarismos. Numa zona é possível às crianças, com ajuda e com recurso a dois paus de madeira e dois cordéis, fabricarem a sua própria ferramenta para fazer bolinhas de sabão. Aí também se podem fazer colagens criativas de papel, por exemplo.
Noutra zona temos as pinturas faciais e noutra os insufláveis. Tudo para proporcionar momentos divertidos aos mais novos.
Encontramos na feira os caldenses Filipe e Maria Pereira, com a sua filha de três anos, Cristina. “É a quinta vez que vimos”, contam. “Têm que fazer mais vezes este evento e aproveitar e fazer noutras alturas, podia ser um evento por mês, por exemplo”, defendem. “Viemos no Natal e estava espetacular, mas este ainda está melhor”, analisam. Para a pequena Cristina, as histórias do Chapeleiro e o insuflável foram os preferidos. Já Dário Marques e Ângela Rogério vieram de propósito de Rio Maior com os seus dois (quase três!) filhos. “A irmã da minha esposa vive nas Caldas e disse para virmos cá, era para ter sido na semana passada, mas não foi possível”, conta Dário. As casas de madeira encantaram os filhos de três e quatro anos. “É um evento interessante, dá vida ao concelho”, resume, acrescentando que “o Parque é espetacular, já fizeram aqui uma série de televisão, que eu vi”.
Aproveitamos uma pausa entre histórias e falamos, agora sim, com o Chapeleiro. Sérgio Paulo veio de Torres Vedras e é storyteller há quase 20 anos. Com um curso de comunicação, trabalhava num jardim infantil depois de ter tido experiência profissional no teatro. “Decidi juntar as três áreas”, conta. Trabalha com escolas, eventos e festas privadas e as personagens foram aparecendo ao longo do tempo.

“Balanço positivo”
Pedro Brás, presidente da União de Freguesias N. Sra. Pópulo, Coto e São Gregório, que organiza o evento, fez um “balanço super positivo”, sem conseguir estimar o número de pessoas. “Foram muitos milhares de pessoas e foi uma aposta ganha, ganharam as famílias da cidade, que puderam usufruir de algo que nunca tinham tido e ganhou a cidade porque trouxe pessoas de fora às Caldas”. Ainda este ano, o executivo pretende “fazer uma edição melhorada do Jardim Encantado no Natal”.

Polémicos stands da ACCCRO
Sobre a não utilização dos stands da ACCCRO, que foi questionada pelo vereador do PSD, Hugo Oliveira, em sessão de Câmara, alertando para o “agravamento notório à custa do erário público com mais custos desnecessários”, o autarca retorquiu: “se lhe emprestar uma casa e não lhe der a chave, pode utilizá-la? Não nos foi facultada a chave e depois foi todo o processo à volta disto, não tolero faltas de respeito”. ■