Organização investiu este ano na promoção de uma maior interação, com 19 animadores diários no recinto
A Fábrica da Páscoa está de regresso ao Parque D. Carlos I, com atividades gratuitas para as famílias. Diariamente são dez horas de diversão em torno desta época festiva.
Entre as novidades está um pequeno comboio elétrico, o mini-golfe e os insufláveis e trampolins gratuitos, mas também a concentração do evento na zona do antigo parque de bicicletas.
Mantém-se a animação, tendo a organização procurado este ano proporcionar uma maior interação aos visitantes, através da colocação de 19 animadores permanentes diariamente no recinto. Entre eles está o Chapeleiro, uma figura que se tornou familiar aos caldenses no último ano, na primeira edição da Fábrica da Páscoa, e que regressou à cidade termal no Natal.
Interpretado por Sérgio Paulo, de Torres Vedras, vem contar quatro histórias por dia (11h00, 14h30, 16h00 e 17h30), sempre numa vertente lúdica, mas também pedagógica. E, durante as horas diárias que passam no evento, tanto o Chapeleiro, como os vários coelhos, o esquilo ou o biscoito de gengibre, nunca recusam uma conversa com os mais novos, uma fotografia ou um abraço.
Na Fábrica da Páscoa há matraquilhos humanos, há ateliers para os mais novos pintarem os seus próprios ovos e também um sítio onde se fazem pinturas faciais à medida de cada um. Além disso, no recinto, há bancas de artesanato e de comida, bem como guloseimas.
O presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, Pedro Brás, explicou na apresentação que procuraram “um conceito diferente” este ano, com a maior interação. “A única coisa que é paga é um atelier de três horas com atores profissionais numa carrinha que se transforma em caixa onde os mais novos constroem um teatro que apresentam aos pais nos últimos 20 minutos”. Esta atividade, que tem um custo de 7,50 euros (ou seja, 2,50 euros por hora), foi alterada para o CCC devido às condições meteorológicas adversas. A meteorologia obrigou também ao adiamento do evento durante dois dias desta semana o que levou ao alargamento da Fábrica da Páscoa até ao dia 2 de abril (inicialmente estava prevista até dia 31 de março).
O orçamento desta edição “não é superior ao do último ano”, cifrando-se em cerca de 80 mil euros (ou seja, representa sensivelmente oito mil euros por dia). “Fazemos muita reciclagem de materiais”, referiu o autarca, notando que “o maior investimento este ano são os monitores e animadores” e que “em vez de alugarmos cenografia, este ano comprámos todos os ovos e coelhos”. Foram seis ovos e dez coelhos que custaram 16 mil euros (já com IVA). “É menos um investimento no próximo ano”, destaca.
A contabilização de pessoas é uma dificuldade neste evento, pelo que o autarca admite nos próximos anos colocar torniquetes para que seja possível um controlo da quantidade de pessoas, ainda que se mantenha o acesso gratuito à Fábrica da Páscoa. “Os insufláveis estão montados há mais dias e as crianças já têm estado a usufruir deles, ainda antes de o evento começar”, contou.
O presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques, frisou que este “evento tem vindo a ganhar o seu espaço” e que a organização procurou este ano “tornar as coisas mais livres”. O edil caldense mostrou-se esperançado de que a Fábrica da Páscoa possa ser visitada por muitas pessoas e criar boas memórias.
Durante o fim-de-semana encontramos Francisco Silva com a esposa e as duas filhas na Fábrica da Páscoa. Vieram de perto de Lisboa para este evento e ficaram surpreendidos com o facto de ser tudo gratuito. “O espaço é lindíssimo e o evento está engraçado, com uma oferta diversa”, afirmou, elogiando a organização e deixando como único reparo as filas de pessoas para algumas atividades. As mais novas gostaram do comboio, dos insufláveis e trampolins e das histórias do Chapeleiro. ■