Durante os três dias que durou a Feira das Velharias, visitaram o evento cerca de 10.000 pessoas, segundo aponta a organização. Entre os visitantes há cada vez mais estrangeiros e compradores especialistas em antiguidades, afirmam os vendedores, que também realçam que a feira na Expoeste se mantém como uma das melhores do país em recinto fechado.
São os próprios vendedores que o afirmam: nas últimas edições vêem-se mais estrangeiros a visitar a Feira das Velharias da Expoeste. O evento vai já na sua 11ª realização, tendo nos dias 27, 28 e 29 de Outubro atraído quase 10.000 visitantes, segundo apontou a organização. “Notamos a presença de muitos espanhóis, que vêm sobretudo à procura de móveis antigos e robustos”, explicou António Marques, director da Expoeste.
Pelos 10.000 metros quadrados do recinto estiveram montados 316 expositores, mas foram recusadas mais de 50 inscrições devido à falta de espaço para acolher todos os vendedores interessados. Também a edição que se realiza em Março do próximo ano já está completamente preenchida. “É claro que preferíamos conseguir receber toda a gente, mas para isso teríamos que deslocar o evento para uma cidade maior, onde seríamos obrigados a cobrar mais por cada inscrição. Aqui interessa-nos dar condições às pessoas e proporcionar-lhes bons negócios”, acrescentou o responsável, realçando que a internacionalização do evento é outro dilema porque a organização prefere dar prioridade aos vendedores de nacionalidade portuguesa. Nesta 11º edição, por exemplo, os únicos estrangeiros foram vendedores espanhóis.
No que respeita a velharias e antiguidades, não será arriscado afirmar que este evento reúne opções para todos os gostos. Peças com mais valor que outras, artigos mais acessíveis que outros. Numa breve volta pelo recinto, e começando logo pelo hall de entrada, onde estão as bancas de artesanato, é possível encontrar bordados, bijuteria, livros, cassetes e CD’s. Mas lá dentro, a diversidade está em todo o lado: há máquinas de escrever, televisões e telefones antigos, chapéus, louças, vinis, brinquedos, móveis vintage, serviços de mesa, utensílios agrícolas, arte sacra, jogos de tabuleiro, frigoríficos, bicicletas, motas, instrumentos musicais, moedas, posters, gira-discos, máquinas de jogo (como slot machines), pinturas, entre muitos outros artigos.
Vendedores e compradores têm a mesma opinião: esta é uma feira de qualidade, uma das melhores do país em recinto fechado. “E quem vende sabe que muitas vezes quem compra são especialistas, pessoas que não se deixam enganar por peças que não sejam originais. Isso contribui para que haja ainda mais qualidade”, salienta António Marques, que também nota cada vez mais a presença de jovens. “Há muito aquela ideia que a juventude não se interessa por nada, mas aqui encontramos pessoal mais novo que percebe de cultura e vem à procura de livros e discos antigos, ou que é fã do vintage e aqui vem comprar peças decorativas”, acrescentou.
Jorge Varela, recentemente eleito presidente da União de Freguesias de Sto. Onofre e Serra do Bouro, assumirá em breve o cargo de presidente da ADIO (associação que gere a Expoeste). Durante a visita que fez à Feira das Velharias, o autarca deu os seus parabéns à organização e salientou que “a qualidade do evento se mede pelas muitas pessoas que o visitam todos os anos”.