Feira de diversões junto à Expoeste foi adaptada à pandemia

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A roda gigante é sempre um atrativo e permite ter uma visão diferente sobre a cidade | DR

Este ano o Family Park das Caldas manteve-se, mas com regras de segurança adaptadas à covid-19. Operadores falam em quebras no negócio de 90%

O Family Park Caldas da Rainha abriu no dia 8 de outubro no parque de estacionamento da Expoeste.
Tal como nos outros anos, o parque de diversões fica montado durante um mês (até 8 de novembro), mas esta edição traz algumas adaptações. A lotação do recinto, por exemplo, está fixada em 250 pessoas. O uso de máscara é obrigatório e no fim de cada volta, os carrosséis são desinfetados, com recurso a pistolas de pintura carregadas com álcool-gel.
O Family Park costuma decorrer em novembro, mas como todos os anos apanham muita chuva, decidiram alterar, explicou à Gazeta das Caldas o responsável pela organização do evento, Ricardo Saraiva.
No total são oito diversões diferentes, que incluem os tradicionais carrinhos de choque, o jogo das latas e a roda gigante.
Como feira de diversões que é, não faltam, obviamente, as guloseimas, especialmente as farturas, as pipocas e o algodão doce, mas também há comida.
No total trabalham na organização cerca de 40 pessoas e há uma particularidade: é que são todos familiares. “Isto é tudo família, cada um com as suas diversões”, explicou. Por ano fazem entre cinco a dez mil quilómetros, cada um com a sua rota. Correm o país todo e até a ilha da Madeira, encontrando-se pelo caminho.
O negócio já vem dos pais e Ricardo Saraiva deu-lhe sequência. “Com quase todos nós é assim”, nota, recordando que foi criado precisamente neste ambiente.
A logística para um evento destes é pesada. Trata-se de uma caravana com 20 a 30 carros, sendo a maioria semirreboques e caravanas, mas também seis camiões. Além da questão logística, na organização de uma feira destas há sempre a parte burocrática, que nem sempre é fácil de resolver.
Comparativamente com os últimos anos, o empresário sente quebras no volume de negócios a rondar os 90%. “Há uma grande diminuição de público”, admite, reconhecendo também que ao fim de semana há mais procura.
“Num ano normal, de março a dezembro não paramos, este ano é só o segundo evento que fazemos”, esclareceu. “Percebemos o medo das pessoas, mas temos de fazer a nossa vida, preservando a saúde e a segurança”, ressalva, agradecendo à Câmara por permitir a realização.
Ricardo Saraiva nota que “o risco é algo inerente à profissão”, pelo que nesse sentido este ano não foi diferente. Por outro lado, a realização da feira é fundamental não só para equilibrar as contas (uma vez que este é o único rendimento que têm), mas também para a sanidade mental.
Numa mensagem aos leitores, Ricardo Saraiva sugere que estes vão ver primeiro o funcionamento da feira, antes de criticar a realização da mesma. “Não facilitamos”, diz o empresário.

Há diversões para todos os membros da família | DR
Os carrinhos de choque são uma tradição que se mantém mesmo em ano de pandemia | DR
No fim de cada volta os carrosséis são desinfetados com recurso a uma pistola de pintar carregada com… álcool-gel | Isaque Vicente