Floróbidos – 15 mil metros quadrados nas Caldas dedicados à jardinagem e promoção do prazer pelo verde

A Primavera é a estação das flores. Com a melhoria do tempo é frequente ver as pessoas cheias de vontade de fazer os jardins e a procurar os gardens centres. A Floróbidos é um dos casos de sucesso na área, com uma vasta oferta de plantas e comercialização de tudo o que está relacionado com a jardinagem, como as terras, substratos, inertes, ferramentas, cestos, floreiras.
No centro de jardinagem, situado nas Águas Santas, no Concelho das Caldas, a empresa familiar oferece ainda um conjunto de espaços de lazer, outros dedicados às crianças e jardins temáticos. O ano passado, as flores foram também cenário para uma exposição de cerâmica e aulas de ioga.

Foi há 21 anos, num Dia da Árvore (21 de Março) que nasceu a Floróbidos, que tem como essência as plantas, mas comercializa tudo o que está relacionado com a jardinagem, como as terras, substratos, inertes, ferramentas, cestos e floreiras.
Instalada inicialmente na Salgueirinha (Óbidos), a necessidade de alargar o espaço, permitindo oferecer melhores condições aos clientes, levou a empresa a mudar-se para as Águas Santas (Caldas da Rainha), onde permanecem há uma década, com uma área de 15 mil metros quadrados.

As petúnias, verbenas ou sardinheiras são as flores mais procuradas nesta altura do ano para encher de cor e vida os canteiros, floreiras e varandas. A par destas plantas da época também as plantas aromáticas e os pequenos frutos silvestres, como as framboesas, morangos e groselhas, são muito procurados. “É moda, ouve-se falar e nos muitos programas de culinária que actualmente existem os chefes apelam a pratos diferentes onde aparecem estes frutos, que são antioxidantes e benéficos para a saúde”, explica Alexandra Baptista, responsável da Floróbidos.
Neste momento são os particulares da região Oeste os principais clientes ao nível da construção de jardins, mas já têm trabalhado para outros pontos do país. Alexandra Baptista destaca que procuram estabelecer sempre com o cliente uma relação de confiança, até porque a prestação de serviços é duradoura.

Trabalham com arquitectos paisagistas que fazem o projecto se o cliente o desejar, mas, numa situação mais rápida, em que o cliente já tem uma ideia do que quer, são os próprios elementos da empresa tratam da construção do jardim.
“Vamos sempre ao local porque precisamos ver que tipo de localização tem, o solo, a pressão da água e também perceber o que o cliente pretende”, explica a responsável, acrescentando que depois dessa visita é feito um esboço das ideias para o jardim e seu orçamento.
De acordo com Alexandra Baptista, que já trabalha há mais de uma década na empresa formada pela mãe, os clientes relacionados com a área da jardinagem sempre foram curiosos e exigentes, porque sabem o que querem.
“Hoje em dia, com a diversidade de informação que as pessoas têm ainda mais exigentes são, mas isso é bom porque nos obriga a estar sempre actualizados”, disse a responsável.

Na Floróbidos procuram ter as plantas que se adaptam melhor ao clima e solo da região. “Tentamos sempre saber para onde é a planta, pois esta pode dar-se lindamente numa casa em Óbidos, mas junto à Lagoa pode não ter o mesmo desenvolvimento, por isso é que nos obriga a um atendimento muito personalizado”, explica a responsável.
Recentemente a empresa apostou na aquisição de uma máquina e faz o serviço de biotrituração do lixo verde que recolhem da limpeza dos jardins, transformando-o em estilha, um produto reutilizável para ornamentar jardins.
“É um serviço que ainda não está muito divulgado, mas que tem um potencial extraordinário”, afirma Alexandra Baptista, referindo-se à reutilização do lixo dos jardins e da poupança de espaço que se obtém.
Os trabalhos de limpeza são feitos essencialmente no Inverno e o material é depois vendido para ser utilizado nos jardins. Por exemplo, a Marinha Grande já utiliza a estilha para ornamentar os seus espaços verdes públicos.
A empresa conta actualmente com 15 colaboradores, e produz essencialmente arbustos de exterior e plantas. Grande parte das plantas são compradas a produtores do Algarve, mas também recebem outras variedades da Holanda, Itália e Espanha.

Oferta de fruteiras no Dia da Árvore

A Floróbidos tem 21 anos e nasceu de um projecto de três amigas. Algum tempo depois, duas das sócias, como tinham outros compromissos profissionais acabaram por sair, ficando Libânia Fernandes com a empresa, que agora também conta com a colaboração das filhas, Alexandra Baptista, formada em Biologia Vegetal, e Catarina Baptista, engenheira agrónoma.
A abertura ocorreu, intencionalmente, a 21 de Março, Dia da Árvore, porque a empresa sempre teve a preocupação dos espaços verdes e do prazer pelo verde, com a criação de locais dedicados às crianças, jardins temáticos e espaços de lazer e contemplação.
Já há muitos anos que a empresa comemora o Dia da Árvore com a oferta de árvores a todos os visitantes. “Apostámos em oferecer fruteiras porque achamos que o jardim, além de bonito, pode funcionar como um espaço de produção de alimento”, explica Alexandra Baptista, acrescentando que as fruteiras também têm florações lindíssimas.
Este ano foram oferecidas mais de 200 árvores, entre macieiras, pessegueiros, ameixieiras, romãzeiras, cerejeiras, diospireiros e aveleiras. Há muitos clientes que conhecem esta iniciativa e alguns já escolhem a árvore que ainda não têm.
“As pessoas já têm um pomar em casa feito com as árvores da Floróbidos”, remata a responsável, que garante que esta é uma tradição para manter.
Durante o ano passado a Floróbidos abriu as portas à realização de várias iniciativas, como aulas de ioga ou exposições de escultura na estufa. Também são muito visitados por escolas e têm muitas actividades com crianças.
Situada na Rua Casais de Baixo, nas Águas Santas, a Floróbidos está aberta diariamente das 9h00 às 19h00.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

Como fazer um pequeno jardim em casa
Até o mais pequeno espaço pode ser utilizado como jardim e a Primavera é a altura ideal para o fazer. Uma varanda ou um pequeno recanto na cozinha, desde que tenha luz, pode servir para criar um espaço atractivo e de contacto directo com a natureza.
Há os chamados mini gardens, que são estruturas estreitas que se encostam à parede e que têm pequenos orifícios onde é introduzida a terra e posteriormente a planta. “Ali podemos plantar amores-perfeitos, petúnias, verbenas ou sardinheiras, que nos dão cor, mas também colocar hortícolas como alfaces, brócolos ou tomate, que depois usamos na cozinha”, exemplifica Alexandra Baptista. A responsável aconselha ainda a utilização de plantas aromáticas, “excepcionais pelo cheiro e beleza”, como o tomilho ou o manjericão, ou ainda os frutos vermelhos.
“Não há desculpa para não termos em casa um bocadinho de verde”, diz Alexandra Baptista, que faz notar que não sai muito dispendioso fazer um pequeno jardim.
Para além disso, para muita gente passar algum tempo a jardinar e a cuidar das plantas é uma forma de escape e é saudável, conclui.

F.F.