Volte atrás
Anuncie
Assine
Login
A edição deste ano do Open Internacional das Caldas consagrou como vencedor Frederico Gil, jogador que já foi o melhor tenista português e batalha para regressar à ribalta. A final foi ganha por desistência ao caldense Romain Barbosa. Gil venceu também em pares com o caldense Frederico Silva.
Frederico Gil, actual 594 do mundo, entrou como oitavo cabeça de série num quadro em que o favorito era o caldense Frederico Silva, que se inscreveu como 280 do ranking ATP.
Gil afastou no caminho para a final o alemão Pirmin Haenle, o português Gaspar Murta, o espanhol Vega Hernandez e o português João Domingues. Estes dois últimos correspondiam aos cabeças de série três e cinco do torneio.
Na final o adversário foi o tenista do CT Caldas Romain Barbosa, que foi uma das agradáveis surpresas da prova. Barbosa, que partiu para o torneio como 645 do mundo, ultrapassou no caminho para a final três cabeças de série. Começou por eliminar o sétimo favorito, o belga Julien Dubail. Na segunda ronda ultrapassou o adversário menos cotado e único com menos ranking, o francês Tak Kuhnn Wang. Seguiu-se o espanhol Ojeda Lara, um dos tenistas que repetiu a presença nas Caldas e que era segundo entre os favoritos. E nas meias-finais o brasileiro Bruno Sant’Anna.
Na final Romain começou forte e ganhou o primeiro jogo, mas Gil respondeu e empatou no jogo seguinte. Mas depois Romain começou a sentir problemas nas costas e depois de uma interrupção para ser assistido a problema na região lombar, já com o jogo favorável a Gil por 2-1, Romain Barbosa não resistiu às dores e desistiu depois do ponto que deu o 3-1 a Frederico Gil.
“Queria continuar”…
“Tentei continuar a jogar mas depois daquela direita acabou. Queria continuar, mas ia piorar ainda mais as costas”, disse no final Romain Barbosa à Gazeta das Caldas.
A desistência custou ainda mais por ter sido numa final, a segunda da carreira do jogador. “Perder assim é muito difícil”, comentou.
Ainda assim, Romain Barbosa considerou a semana muito positiva. “Estive no meu melhor nível de sempre, senti-me bem física e mentalmente e foi muito positivo sentir o apoio do público”, disse o jogador luso-belga que reside em Salir do Porto.
Romain, que é campeão nacional por equipas pelo CT Caldas, tem como objectivo para este ano entrar no top 400 e para isso espera conseguir realizar mais três torneios em Portugal e quatro na Bélgica.
Já o vencedor Frederico Gil estava feliz com a vitória, embora não pela forma como a obteve. “Preferia ter jogado até ao fim mas estava confiante que ia ganhar”, referiu.
Gil, que também esteve presente na primeira edição do Open das Caldas, considerou uma semana muito positiva na cidade termal. “Foi a primeira vez que viajei com a minha filha para um torneio, alugámos uma casa para podermos estar juntos em família, é algo que faz muita diferença e acabei por ganhar em singulares e pares”, referiu o tenista. Gil destacou ainda os treinos que fez durante a semana com Frederico Silva, assim como a dupla para a competição de pares que resultou em vitória. “Resultou muito bem, espero que possamos jogar mais vezes no futuro e penso que até podemos fazer uma boa dupla para a Selecção Nacional”, realçou.
Balanço positivo
Ramiro Martins, presidente do CT Caldas, era um homem satisfeito no final da competição. “O balanço foi óptimo, no ano passado a diferença de nível era maior entre os jogadores, este ano eram mais equiparados o que deu melhores espectáculos”, sublinhou Ramiro Martins, acrescentando que a presença de público durante a semana foi novamente um ponto positivo.
Em termos desportivos a jornada acabou por ser boa também para os atletas da casa. Frederico Silva, apesar de eliminado nos quartos (ver texto à parte), venceu o quadro de pares e Romain Barbosa atingiu a final de singulares. “São dois finalistas num torneio internacional, o que é muito bom, o Frederico jogou muito bem e gostávamos muito que tivesse estado na final, não esteve ele mas esteve o Romain”, referiu.
Em termos de organização, o clube teve uma pequena dificuldade com o vento que se fez sentir na segunda-feira, 4 de Maio, que obrigou. “Estragou tudo o que tínhamos feito de preparação na sexta-feira e no sábado e obrigou-nos a fazer tudo outra vez”, contou Ramiro Martins.
Mas o maior contratempo aconteceu ainda antes, com a desistência do Totta como parceiro do torneio. “Estivemos até à última a contar com o apoio do Totta e em cima da hora disseram que era impossível patrocinar, o que nos criou dificuldades. Felizmente o clube está bem e vai suportar o prejuízo que esta situação criou”, refere o presidente do clube. Um contratempo que “não nos faz esmorecer, no próximo ano estaremos cá outra vez”, garante.
