Funcionários em greve fecharam mais de dez escolas na região

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Noticias das Caldas
| I.V.
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A greve dos assistentes técnicos e operacionais das escolas do país, que se realizou há uma semana (3 de Fevereiro) foi considerada pelos sindicatos como a maior greve dos trabalhadores não docentes em Portugal. Nas Caldas e Óbidos mais de dez estabelecimentos escolares fecharam. O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais estima a adesão em 95% nas Caldas e em 100% em Óbidos, números diferentes dos recolhidos pela Gazeta das Caldas junto dos directores, que apontam para valores entre os 35 e os 80%, consoante o agrupamento.


A greve da passada sexta-feira encerrou várias escolas pelo país. Caldas e Óbidos viram muitos dos estabelecimentos de ensino básico com portas fechadas.
O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro divulgou que a adesão tinha rondado os 95% nas Caldas e os 100% em Óbidos, números acima da média nacional, que segundo o sindicato, rondou os 80%.
As escolas secundárias Raul Proença e os centros escolares de Josefa d’Óbidos e do Furadouro encerraram, bem como a EB de St. Onofre, a do Avenal e a da Encosta do Sol, o centro escolar junto aos Hortas, a escola dos Arcos e o primeiro ciclo da Josefa, referiu o sindicato.

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Directores queixam-se de falta de pessoal

Segundo os dados das direcções dos agrupamentos de Caldas e Óbidos recolhidos pela Gazeta das Caldas, a greve levou ao encerramento de 14 das 30 escolas dos dois concelhos e de oito dos 27 jardins de infância. Nas que não fecharam, muitos dos serviços foram afectados.
No Agrupamento de Escolas Raul Proença, segundo o director do agrupamento João Silva, 45 dos 69 funcionários, fizeram greve, um total que ronda os 65%. Apenas as escolas do Parque e da Foz abriram portas, bem como o jardim de infância do Nadadouro. Os jardins do Bairro dos Arneiros, São Cristóvão e Santo Onofre funcionaram até às 15h30, sem apoio à família nem almoço.
Um dos motivos desta paralisação foi a falta de recursos humanos no sector, uma realidade que, conforme explicou o director do agrupamento, “já foi mais sentida”. Isto porque recentemente entraram 10 funcionários a meio horário para todo o agrupamento.
Já no Agrupamento de Escolas D. João II a adesão à greve cifrou-se nos 40%. Foram 20 funcionários nos 50 totais, o que obrigou ao encerramento das escolas D. João II, Nª. Sra. Pópulo, Encosta do Sol e Chão da Parada e dos jardins de infância Casal do Celão e Avenal. Neste último caso, do Avenal, o primeiro ciclo funcionou com normalidade.
Fora da contagem dos 50 ficou o pessoal não docente dos jardins de infância, porque são funcionários autárquicos.
Quanto a uma possível carência de assistentes, informaram que cumprem o rácio, alertando, ainda assim, que o problema são as pessoas com atestado médico que não podem ser substituídas.
No mega agrupamento Bordalo Pinheiro, a greve rondou também os 40%, conforme dados da sua directora, Maria do Céu Santos. Ficaram em casa 26 em 65 funcionários, sendo que a maior adesão foi na escola sede, levando mesmo a que esta fosse encerrada às 17h00. No dia de greve a biblioteca e os pavilhões de Educação Física não foram abertos tendo a própria directora substituído os funcionários na portaria da escola para que esta não fechasse.
O jardim de infância dos Carreiros foi o único a encerrar. “Só tem um funcionário, que fez greve”, explicou Maria do Céu Santos, acrescentando que nos jardins de infância não houve prolongamento de actividades do 1º ciclo, mas apenas as aulas até às 15h30.
Quanto às carências, a directora disse que o número neste agrupamento está abaixo do rácio de assistentes por alunos e afirmou que os directores dos agrupamentos já alertaram o Ministério da Educação para a criação de uma forma de substituição dos assistentes em baixa prolongada.
Em Óbidos as quatro escolas do agrupamento Josefa d’Óbidos fecharam, com a taxa de adesão à greve a rondar os 80% (55 funcionários de um total de 79).
Além disso, três dos dez jardins de infância também estiveram de portas fechadas: A-da-Gorda, Amoreira e Óbidos.
Relativamente à falta de assistentes técnicos e operacionais, o director do agrupamento, Artur Oliveira afirmou que este fenómeno “é transversal a todas as escolas”.

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