
Aspiring Geoparque Oeste deu-se a conhecer aos pares, que apoiam a criação do mesmo.
O aspiring Geoparque Oeste convidou os seus pares de todo o país para conhecerem o território e projeto, cujo primeiro grande passo foi dado em 2016, com a aproximação dos municípios, que viria a levar à constituição da associação em 2018.
O início dos trabalhos, em 2020, foi conturbado, pela pandemia, uma vez que começaram a trabalhar a 1 de março desse ano e no dia 10 o país parava para a primeira quarentena. Tal levou a uma reformulação da estratégia de comunicação, mas permitiu criar uma vasta rede de 136 parcerias. Daí para cá, além da catalogação e estudo de dezenas de geossítios nos seis concelhos do Geoparque (Caldas da Rainha, Bombarral, Cadaval, Torres Vedras, Lourinhã e Peniche), muito trabalho tem sido feito.
O projeto Geoclick está a ser ultimado e resultará numa candidatura a projeto Life. A iniciativa envolve três outros Geoparques nacionais e, com esta candidatura, o aspiring Geoparque Oeste, que neste período “perdeu” o concelho de Óbidos, que decidiu abandonar a associação, atinge um total de mais de um milhão de euros em candidaturas, conforme explicou João Serra, presidente da associação do Geoparque.
Na reunião, que decorreu no hotel MH Peniche, a equipa do aspiring Geoparque Oeste deu a conhecer o percurso feito. Estão a terminar atualmente o catálogo de investigação científica, que irá catalogar todas as equipas que estão no momento a investigar cientificamente no território, explicando o que estão a fazer e que estruturas possuem. Já realizaram mais de 50 ações em escolas, têm 128 programas educativos e 60 turísticos, desenvolveram nove rotas temáticas e a primeira edição do curso de Geoguias, que contou com 21 inscritos. O programa Prego Dourado tem 44 geoprodutos e nove geopratos. A rede das estações de borboletas noturnas está estabelecida e o programa Rocha2, direcionado para as escolas, é para manter. O concurso de fotografia, cujo vencedor será anunciado no final do mês, contou com 37 participantes e um total de 80 fotografias postas à prova. Ainda este ano deverá estar concluída a Carta de Compromisso para Defesa do Património Geológico e até ao final do presente ano pretendem também instalar 25 mesas informativas em geossítios, preparadas para pessoas com mobilidade reduzida e para pessoas invisuais (através de uma experiência tátil). A breve prazo o Geoparque irá também lançar um ciclo de conversas sobre o território e está prevista a edição do “Livro Branco do Mar”, numa parceria com a Reserva da Biosfera da Unesco das Berlengas.
Entre os projetos para o próximo ano está a criação da rede de museus e centros interpretativos, a produção de mais um documentário, a criação e uma plataforma de promoção territorial, entre outros. A equipa do Geoparque está a estudar a zona do Planalto das Cesaredas, para implementar o estatuto de área protegida.