Greve de pessoal auxiliar encerrou 13 escolas nas Caldas e em Óbidos

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Gazeta das Caldas
A escola Raul Proença foi uma das 13 que não abriram no passado dia 4 de Maio (Foto de arquivo) | D.R.
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A greve dos não docentes da rede pública, no passado dia 4 de Maio, provocou o encerramento de 13 escolas e jardins de infância nos concelhos das Caldas e de Óbidos. Os agrupamentos Raul Proença e Escolas de Óbidos foram os mais afectados pois deles fazem parte 12 das 13 escolas que não chegaram a abrir naquele dia.
No Agrupamento de Escolas Raul Proença foram seis os estabelecimentos que não tiveram assistentes em número suficiente para garantir os serviços mínimos, a começar pela escola sede, onde 38,1% dos não docentes fez greve. Além desta, os alunos do 1º ciclo não tiveram aulas nas escolas básicas dos Arneiros e do Bairro da Ponte. Já na EBI de Santo Onofre sucedeu o inverso, apenas funcionou o primeiro ciclo.
Neste agrupamento a greve provocou o encerramento dos jardins de infância de Foz do Arelho, Nadadouro e São Cristóvão.

No Agrupamento das Escolas de Óbidos foram igualmente seis os estabelecimentos que não tiveram assistentes suficientes para abrir, entre eles a escola sede, a Secundária Josefa D’Óbidos. Dos três centros escolares, apenas o dos Arcos funcionou normalmente, enquanto os do Alvito e do Furadouro estiveram encerrados. A greve provocou ainda o encerramento dos jardins de infância de Óbidos, Amoreira e Usseira.
A greve também se fez sentir nos agrupamentos de escolas D. João II e Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, embora de forma mais ligeira.
No Agrupamento de Escolas D. João II apenas dois assistentes em 26 fizeram greve (7,7%), no que à escola sede diz respeito, o que não provocou qualquer restrição no funcionamento da escola. Neste agrupamento apenas um estabelecimento não abriu portas – a EB do Chão da Parada, que tem apenas uma auxiliar e esta aderiu ao protesto. Na EB de Nª Sra. Pópulo apenas uma auxiliar de acção educativa aderiu à greve na parte do 1º ciclo e não provocou restrições ao funcionamento da escola. Na componente jardim de infância a greve de uma assistente municipal fez com que uma das três salas não abrisse ao serviço e também não houve serviço de Actividades de Apoio à Família (AAF) devido à greve de outras duas. Na EB do Avenal a componente lectiva não foi afectada, mas não houve serviço municipal de AAF.
No Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro a greve provocou apenas o encerramento do pavilhão no período da tarde. Neste agrupamento a adesão foi de 51,5%, enquanto na escola sede foi de 37%, mas foram garantidos os serviços mínimos para o normal funcionamento.
A greve foi convocada devido à falta de pessoal não docente nas escolas da rede pública e aos constrangimentos que isso tem causado, bem como a não integração nos mapas de pessoal dos trabalhadores com vínculo precário mas que satisfazem as necessidades permanentes das escolas. Estes trabalhadores reivindicam ainda a reposição de carreiras especiais e lutam contra a municipalização, que não acautela a qualidade da escola pública e coloca em causa a estabilidade do trabalhador não docente, refere o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. J.R.

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