A construtora FDO, que detém o Vivaci, pediu a insolvência, mas o administrador responsável pelos centros comerciais do grupo (que também tem shoppings na Maia e na Guarda) diz que não há razão para temer pelo futuro destes espaços.
A FDO, que tem sede em Braga, está esmagada com dívidas de centenas de milhares de euros e o seu administrador, Paulo Vaz Ferreira, reconheceu à Gazeta das Caldas que falharam as negociações com a banca para injectar dinheiro na empresa. Os trabalhadores têm salários em atraso.
“A insolvência da FDO não tem forçosamente que assustar as pessoas ligadas ao Vivaci”, disse o administrador. “Estes processos são lentos e quem pediu a insolvência foi a FDO Construções, que é uma das empresas do grupo”, prosseguiu.
No entanto, sendo o centro comercial detido pela empresa que vai à falência, ficará também nas mãos dos credores pois constitui um dos activos da massa falida.
Paulo Vaz Ferreira admite que “ninguém sabe o que vai acontecer” porque haverá ondas de choque em todas as empresas do grupo FDO.
Ainda assim, para os credores é preferível ter os centros comerciais a funcionar do que edifícios vazios sem qualquer utilidade. O mesmo responsável diz que os centros comerciais são sustentáveis e que o das Caldas da Rainha teve até taxas de crescimento em 2011, mas que tudo depende também da evolução do consumo que, como é público, está em retracção e isso tem consequências na facturação de estabelecimentos deste tipo.
C.C.