Hospital Termal com nova rede de distribuição de água a partir de Outubro

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O presidente da Câmara quer reabrir o Hospital Termal em 2017 | Fátima Ferreira
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A obra de substituição da rede de distribuição de água do hospital termal ficará concluída até ao início de Outubro, permitindo reabrir os tratamentos termais durante o próximo ano. A informação foi dada pelo presidente da Câmara, Tinta Ferreira, no passado dia 8 de Agosto, durante uma visita feita à obra adjudicada a 15 de Maio, e que já está quase 50% executada.

Os canos existentes serão substituídos por outros em aço inox, o que permite a sua desinfecção com jactos de água a 80º centígrados e assim eliminar as bactérias que foram a causa de vários fechos daquele hospital.

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Foi com a apresentação de um filme, seguido de uma visita pelo edifício termal e Mata Rainha D. Leonor, que o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, deu a conhecer o estado da obra de substituição das canalizações do Hospital Termal. “É a primeira obra de dimensão que o município faz relativamente ao património termal e à sua recuperação”, disse, referindo-se à intervenção de perto de 600 mil euros realizada pelo consórcio Ambiágua – gestão de empreendimentos de águas SA.
Quase metade da intervenção já está feita e, como a maior parte fica debaixo de solo, a autarquia decidiu mostrar agora o que está concretizado aos vereadores e deputados da Assembleia Municipal (participaram cerca de duas dezenas). De acordo com Joaquim Santos, do consórcio Ambiágua, foi realizada uma intervenção nas casetas que albergam os furos e estão a colocar tubagem em inox dentro da já existente, que é em polietileno. Todo o espaço entre a tubagem nova e a antiga será preenchido com  poliuretano, para fazer o isolamento térmico da conduta e permitir que a água chegue ao destino com a mesma temperatura com que é captada.
“Com o aço inox é possível fazer a desinfecção com jactos de água a 80 graus, que à partida eliminam quaisquer vestígios de bactérias”, explicou o responsável, acrescentando que estas desenvolvem-se precisamente à temperatura daquela água termal, entre os 34 e os 37 graus centígrados. Serão instalados dois reservatórios de água quente isolados para abastecer a ala sul e o balneário novo, e um reservatório seco para desinfecção das condutas.
Entretanto, esta semana chegará ainda um reservatório de 15 mil litros que será instalado ao lado de um dos furos que irá servir como “pulmão da instalação”. O objectivo é que tenha água disponível para colmatar qualquer falha que possa haver com a captação.
De acordo com Joaquim Santos, as novas bombas de captação terão um caudal mais reduzido que as anteriores, agora na ordem dos 2,5 litros de água por segundo. Esta redução de caudal também permite reduzir os organismos patogénicos transportados até ao hospital.
Vai ser instalado um sistema novo de desinfecção, para cada um dos compartimentos.
Outra das novidades é a monitorização de todo o sistema e a comunicação entre as captações e a Direcção Geral de Energia e Geologia. O sistema informático,  instalado no Hospital Termal, irá  reunir os dados de cada uma das captações e centralizar a informação com os dados de caudal, pressão e temperatura, entre outros. “É uma operação de conforto”, explica Joaquim Santos, acrescentando que desta forma não é necessário ir a cada uma das captações para ver se está tudo bem, pois em caso de anomalia recebem um alarme.

Reabertura em 2017

O presidente da Câmara acredita que depois destas obras poderá reabrir o hospital  em 2017.
Depois de concluída esta obra, serão realizadas outras, mais pequenas, para permitir o funcionamento de alguns equipamentos, como é o caso de banheiras e duches, na ala sul do primeiro piso do Hospital Termal, que entrará em funcionamento com banhos, duches e tratamentos de massagens. As inalações irão funcionar no balneário novo.
O objetivo da autarquia é concessionar o hospital termal a uma instituição particular de solidariedade social, estando a decorrer conversações com o Montepio Rainha D. Leonor nesse sentido. Estão também a decorrer negociações com o Ministério da Saúde para que os tratamentos termais sejam retomados, nomeadamente os relacionados com Reumatologia.
A Câmara quer ver clarificada as delegações de competências ao nível do pessoal afecto a este hospital. Tinta Ferreira defende que o ideal seria que o Ministério da Saúde suportasse parte dos custos com os trabalhadores, mas garante que, mesmo não havendo entendimento, contratará os técnicos necessários para que o hospital funcione.

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