Volte atrás
Anuncie
Assine
Login
Caldas da Rainha dinamizou, a nível distrital, as comemorações do Dia Internacional da Proteção Civil, com várias ações em quatro dias
Depois de já estar a funcionar, há cerca de três meses “a meio gás”, foi inaugurado, na tarde de 3 de março, o Centro Municipal de Operações de Socorro das Caldas da Rainha, que funciona no edifício da Câmara. Um investimento de cerca de 75 mil euros, que inclui oito monitores que emitem imagens de câmaras de vigilância da área florestal, do mar e dos depósitos da água, e outros meios técnicos.
De acordo com Gui Caldas, coordenador municipal da Proteção Civil, foi desenvolvida uma rede privada municipal que integra todos agentes de proteção civil, as unidades locais de proteção civil, presidentes de Junta, serviços essenciais da autarquia e, ainda, os escuteiros e os radio amadores. O centro possui uma consola de rádio, ligada à rede SIRESP, que no concelho funciona como plano B, apenas ativado se a rede municipal apresentar problemas.
Todo o sistema é alimentado através de um servidor, autónomo na energia e na ligação à internet, que permite que o centro continue a funcionar em caso de situações de emergência. Existe ainda uma UPS que pode funcionar durante quatro dias e um segundo gerador, a gasolina e situado no 3º piso, que permite alimentar aquela fonte de alimentação de forma ininterrupta. “Este sistema garante sempre energia no edifício da Câmara, para os rádios, câmaras de vigilância e a monitorização”, sintetiza Gui Caldas, acrescentando que, caso o repetidor colocado no depósito de água da Crocha colapse, as comunicações estão garantidas com o que existe no topo do edifício camarário.
O responsável salienta os bons resultados desta rede municipal, a única que o responsável conhece a nível nacional e que permite que “todas as forças intervenientes falem entre si”. A inauguração deste centro de operações esteve integrada nas comemorações do Dia Internacional da Proteção Civil, que nas Caldas foram assinaladas com diversas atividades durante quatro dias.
Simulacros e sensibilização
A Praça da Fruta recebeu, a 27 de fevereiro, a primeira ação, com a participação de todos os agentes de proteção civil que sensibilizaram a população para os riscos naturais e tecnológicos. Em exposição, na Expoeste, estiveram os meios e equipamentos dos vários agentes e parceiros de proteção civil, tendo também decorrido demonstrações e ateliês. Durante a semana foram realizados dois simulacros, um na Infancoop e um outro no Carvalhal Benfeito, numa Zona de Concentração e Apoio à População. Situada na antiga escola primária, é uma das duas estruturas criadas no concelho e estão preparadas para colher pessoas deslocadas em caso de incêndio ou de qualquer outra situação de emergência.
Houve, ainda, sessões de esclarecimentos e um colóquio sobre comunicações.
A semana temática terminou a 3 de março, com o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro, Carlos Guerra, a destacar que as atividades desenvolvidas tiveram por objetivo chamar a atenção de todos para a importância dos temas relacionados com a proteção civil, desde a prevenção de riscos e catástrofes ao planeamento de emergência. As comemorações, a nível distrital, foram concentradas nas Caldas, numa comunhão estreita entre os diversos serviços e forças de segurança e da proteção civil, “aproximando a população à proteção civil e congregando a participação dos diferentes agentes e colaboradores”, concretizou o responsável. Carlos Guerra realçou o papel ativo que os cidadãos devem ter na sua proteção individual e coletiva e acrescentou que este é “um ciclo cada vez mais da prevenção, do desafio de fazer mais e melhor com os recursos disponíveis, de educar e sensibilizar as crianças e jovens para um futuro seguro”.
Também o presidente da Câmara, Vítor Marques, destacou a importância da temática e da sua discussão, nomeadamente de verificar o que se fez menos bem no passado, não em busca de culpados mas de soluções no futuro. O coordenador municipal da Proteção Civil, Gui Caldas, considera que as atividades foram muito bem recebidas pela população, que também ficou a conhecer quem são os vários agentes de proteção civil. ■
