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A viabilização de uma verba para a abertura mecânica da ligação da Lagoa ao mar e a criação de um grupo de trabalho para estudar hipóteses de viabilidade da sua regularização definitiva, através de um muro guia, foram algumas das medidas que resultaram da reunião que decorreu em Óbidos, a 15 de fevereiro. O encontro juntou autarcas dos concelhos das Caldas da Rainha e de Óbidos, a Associação de Pescadores e Mariscadores da Lagoa de Óbidos e dirigentes e técnicos de vários organismos públicos, nomeadamente da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, Agência Portuguesa do Ambiente, Instituto Português do Mar e da Atmosfera e Laboratório Nacional de Engenharia Civil. “Foi uma reunião bastante participada, com pontos de vista particulares, mas, acima de tudo, com um objetivo claro de preservação de um bem maior, a Lagoa de Óbidos e daqueles que dela dependem para viver e fruir”, considera o presidente da Câmara de Óbidos. Já o seu homólogo caldense destacou o compromisso para que se “comece já a trabalhar num plano de dragagens” a concretizar na parte inferior, entre o cais e a própria “aberta”, que está muito assoreada.
A ligação da lagoa de Óbidos ao mar fechou a 6 de fevereiro, tendo reaberto alguns dias depois. No entanto, esta é uma situação que preocupa as várias entidades, sobretudo a possibilidade de voltar a fechar durante o verão, levando a que “haja menos circulação de água, menos oxigenação e um aumento da temperatura da água, causando bastantes transtornos no ecossistema”, concretizou Vítor Marques.
Na reunião foi ainda abordado o estudo e monitorização de espécies de interesse piscícola, espécies em risco e avaliação da flora e pradarias marinhas existentes na Lagoa. ■
