Hapenning do Agrupamento de Escolas voltou a mostrar os que os estudantes também aprendem durante o ano letivo
A dança foi a primeira atividade em destaque, juntando centenas de pessoas na Praça 25 de Abril, na manhã de sábado (11 de maio). Seguiu-se o coro, a entoar cantigas de Abril, na escadaria da Câmara. As comemorações do 50º aniversário do 25 de Abril deram, aliás, mote à edição deste ano do Happening do Agrupamento de Escolas Raul Proença e foram o elo de ligação entre as várias atividades propostas, com grupos a deslocarem-se a vários locais do centro da cidade e, em voz alta, recitar um poema ou cantar uma canção. A revolução foi também evocada com um mural na Praça 25 de Abril e muitos cravos vermelhos, de diversos tamanhos e feitos em vários materiais. Dispersos pelas várias ruas estavam também os clubes de Ciência Viva, o xadrez e o clube de robótica, entre outros, que davam a conhecer o que fazem nas várias escolas que compõem o agrupamento durante o ano letivo.
No anfiteatro da Praça da República, ao cimo da Praça da Fruta, os alunos debateram o “liberalismo igualitarista e o ideário de Abril” enquanto que os mais pequenos, na Rua Dr. Leão Azedo, interpretaram a “canção das nacionalidades”, em várias línguas, numa homenagem à multiculturalidade das escolas. A terceira edição do Happening Raul Proença envolveu cerca de meio milhar de alunos, professores, educadoras e funcionários do agrupamento, bem como as entidades parceiras, nomeadamente a Academia de Música e Óbidos, a Escola Vocacional de Dança das Caldas da Rainha e o Conservatório de Música das Caldas da Rainha.
De acordo com o diretor do Agrupamento de Escolas Raul Proença, João Silva, este evento que têm realizado anualmente, em maio, pretende “retribuir à cidade muito daquilo que recebe durante o ano”. Acaba também por ser uma forma envolver as famílias e levar os alunos sair da sua “zona de conforto”, acrescentou o responsável, referindo-se às intervenções públicas que dinamizam.
Outro dos objetivos passa por mostrar à cidade que a escola não existe só para os alunos estudarem e prepará-los para os exames, mas permite-lhes “outras experiências de aprendizagem para a vida e é isso que faz a escola forte”, realçou.
O responsável lembrou ainda que outro dos momentos altos desta “abertura” à comunidade decorreu em abril, com a apresentação da peça de teatro “O negro, o branco e o vermelho” no Largo do Termal e, depois, na própria escola.
Também presente na cerimónia de abertura, o presidente da Câmara, Vítor Marques, Presidente de Câmara, destacou a oportunidade que todos os caldenses têm, durante este dia, de ver o trabalho feito nos vários ciclos de aprendizagem daquele agrupamento.■