Mercado Medieval recebeu 150 mil visitantes

0
652
A organização fala em recorde de visitas no evento que leva animação a Óbidos durante 11 dias

A edição de 2024 já tem data marcada, será de 18 a 28 de julho

A organização fala em recorde de visitas. Este ano, em 11 dias, o Mercado Medieval contou com a presença de 150 mil pessoas, tendo o recinto chegado a estar fechado, ao fim da tarde de sábado (29 de julho), e durante duas horas, devido à elevada afluência de visitantes. O limite máximo é de três mil pessoas, em simultâneo, na Cerca do Castelo.
A 20ª edição do evento, que teve por temática a “A Guerra das Rainhas”, ou seja, a disputa entre D. Matilde II e D. Beatriz de Castela, ambas casadas com D. Afonso III, naquele que foi o escândalo de bigamia do século XIII, contou com a participação de 25 associações e 19 tascas do concelho. Na cerimónia de encerramento, o presidente da Câmara, Filipe Daniel, falou num encaixe superior a um milhão de euros para estas organizações, que lhes permite fazer melhoramentos e dinamizar as suas atividades durante o ano. Contudo, e de acordo com o autarca, esse é “um número conservador. O Mercado Medieval de Óbidos funciona como um agregador da comunidade”, explicou à Gazeta das Caldas.
Para além do trabalho dos cerca de mil voluntários nas várias coletividades ao longo dos 11 dias, a organização destaca a animação e a aposta na recriação histórica. Ricardo Duque, administrador da Óbidos Criativa, fala de participação de 250 animadores e do rigor colocado na recriação histórica, também resultado da residência artística que teve lugar antes do evento. Uma das novidades foi a possibilidade do visitante integrar a Corte do Rei e assistir ao casamento de D. Afonso III e de Dona Beatriz de Castela e à sua coroação. Havia ainda a possibilidade de ter acesso exclusivo ao banquete real e fazer parte da cerimónia. Houve também associações que encontraram novas formas de participar, como foi o caso da associação Óbidos Hub , em que os seus elementos interpretaram o papel de “Aguadeiros de El’Rei”, ou seja, um grupo de “contrabandistas” que vendiam bebidas de forma ambulante, especialmente cerveja.
O investimento feito nesta edição foi de cerca de 420 mil euros e traduz-se, sobretudo, na aquisição de novos materiais, reutilização de outros e na forte aposta na animação e recriação histórica.
“A elevada afluência de público é a prova que estamos no bom caminho e que vamos continuar a apostar neste modelo de trazer partes da História de Portugal para o Mercado Medieval e, com isso, podermos todos aprender, ao mesmo tempo que nos divertimos”, refere Ricardo Duque. A próxima edição já tem data marcada. Irá realizar-se entre 18 e 28 de julho de 2024. ■