Movimento pede classificação de árvores

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Ecologistas realçam as envergaduras significativas destas árvores
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Coletivo Folhas Erguidas pretende classificar o túnel arbóreo da Senhora da Luz, na EN114, em Rio Maior

Em Rio Maior há um coletivo, de nome Folhas Erguidas, que tem procurado preservar e classificar as árvores de monumentalidade do Túnel Arbóreo da Senhora da Luz, na Estrada Nacional 114.
O movimento, que une cerca de 25 pessoas e que trabalha em parceria com associações ambientalistas, elaborou “um mapa com a implantação e os dados dendrométricos destes espécimes que foi disponibilizado à Câmara Municipal de Rio Maior para uma desejável valorização deste património arbóreo”, referiram os responsáveis do movimento, em carta enviada na passada semana ao nosso jornal.
“Neste troço, de cerca de 1,5 quilómetros, identificaram-se 21 árvores com mais de dois metros de perímetro à altura do peito, entre carvalhos-cerquinhos e sobreiros”, salientaram os ecologistas.
O movimento destacou ainda que “estas árvores destacam-se pelas suas envergaduras significativas, atualmente pouco comuns dada a cultura vigente de desvalorização e abate das grandes árvores, e, a grande procura de lenha e de matéria-prima para as centrais de biomassa, que tem levado ao seu desaparecimento”.
É que, “se os sobreiros estão protegidos por lei, tal não acontece com os carvalhos, pelo que urge intervir”, frisaram os responsáveis pelo coletivo.
Assim, “face ao número elevado de grandes árvores existentes no local”, o movimento requereu recentemente ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas “a sua classificação como arvoredo de interesse público”, esclarecendo que “esta classificação é uma forma de garantir estatuto de proteção legal a árvores e conjuntos de árvores com características tais que justifiquem a sua preservação”. Simultaneamente, já pediram a classificação de quatro dos carvalhos. ■

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