Corre um abaixo-assinado que pede a reversão da medida, mas também há quem defenda a decisão da Junta de Freguesia
A mudança do posto dos CTT do edifício na Rua Marechal Gomes da Costa (perto do posto da GNR) para a sede da Junta de São Martinho do Porto, no edifício José Bento da Silva, está a ser contestada. Um abaixo-assinado, que já foi subscrito por dezenas de pessoas, pede precisamente a reversão desta medida.
Os queixosos apontam ao “espaço inadequado” do edifício José Bento da Silva, uma vez que “congrega diversas instituições, o que inviabiliza a existência de um espaço adequado e individualizado aos serviços prestados pelos CTT”.
Por outro lado, os subscritores denunciam a “falta de privacidade” e “sigilo devido nos assuntos tratados, tanto no âmbito dos CTT, como no que respeita a matérias do âmbito da Junta”.
O abaixo-assinado aponta às condições da localização de um e do outro edifício, salientando que a anterior “permite o acesso dos cidadãos de forma fácil, com estacionamento adequado aos veículos”. Por fim, frisam que “a população desconhece os pressupostos, contornos, parâmetros ou termos que levaram à alteração do local de funcionamento dos CTT”.
Contudo, nem todos se revêm nesta posição. Maria José, que reside em São Martinho do Porto, disse à Gazeta que “mais vale ter o posto de correios na sede da Junta do que não ter posto de correios…”
“Temos o mesmo atendimento, os funcionários são os mesmos, somos bem atendidos, não nos falta nada e cabemos todos lá, não vejo problemas”, disse a moradora.
Também o são-martinhense António Costa ainda não teve de utilizar o posto de correios desde que se deu a mudança, mas não vê grandes inconvenientes. “Até para a população que reside na parte mais baixa da vila e que é mais idosa, penso que não será um problema, desde que o Elevador esteja a funcionar”, referiu, acrescentando que deveriam ser criadas condições para estacionamento temporário perto da Junta. “Com essas questões asseguradas e desde que os serviços sejam prestados como eram no posto antigo, não vejo problemas”, salienta.
O presidente da Junta garantiu à Gazeta que esta foi uma boa medida e que a “questão aqui é política”. “Se entendesse que estava a prejudicar a população não o faria”, disse Nuno Vieira, explicando que o serviço não era sustentável e que na sede da Junta os utentes até têm mais privacidade. O autarca garante que ainda “não houve nenhuma reclamação na Junta”. ■