O edifício do jardim-de-infância e escola básica de Tornada foi inaugurado na tarde de 14 de Setembro, depois das obras de requalificação de que foi alvo. A intervenção, orçada em cerca de 200 mil euros, demorou cerca de dois anos, período durante o qual as crianças tiveram aulas no grupo desportivo da localidade.
Durante a inauguração, o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, destacou a aposta do município numa educação de proximidade.
Uma dezena de alunos do pré-escolar e 21 do 1º ciclo começaram esta semana as suas aulas numa escola mais bonita e com melhores condições físicas para a aprendizagem. A intervenção, que custou cerca de 200 mil euros (130 mil garantidos por fundos comunitários) e que tinha um prazo de execução de seis meses, acabou por demorar dois anos a concretizar por causa de dificuldades da empresa responsável pela obra, GAR-Five, Lda, do Fundão.
Houve um acordo tácito entre a autarquia e a empresa no sentido destes concluírem os trabalhos, sem que fosse accionada a garantia bancária (sob pena dos trabalhos ficarem suspensos). De acordo com
o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, se tivessem rescindido contrato com a empresa e lançado novo concurso, teria demorado mais tempo e os custos seriam acrescidos.
O autarca aproveitou a inauguração para agradecer aos pais e ao Grupo Desportivo de Tornada, que possibilitou as condições para as aulas decorrerem nas suas instalações durante o período em que decorreram as obras.
O presidente da Câmara falou também da aposta que o município faz numa educação de proximidade, ao investir na requalificação das escolas do 1º ciclo pelo concelho. “Estamos convictos de que estabelecimentos de dimensão exagerada, grandes centros escolares, não são uma boa política em termos de educação”, disse Tinta Ferreira, que é favorável à proximidade entre professores, alunos e famílias na concretização do processo educativo.
Referindo-se concretamente a Tornada, o autarca disse que ao invés de discutirem se valia a pena encaminhar os alunos para outras zonas, entenderam que sendo esta localidade a sede da União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto, fazia todo o sentido ter o estabelecimento de ensino a funcionar. Tinta Ferreira diz estar consciente de que há oscilações do número de alunos de ano para ano e que a natalidade não está a aumentar. Contudo, dada a proximidade da localidade às Caldas e o crescimento do sector da construção na freguesia, está confiante de que a escola terá condições para continuar a funcionar. Deixou, por isso, um apelo aos pais para que se interessem por aquela escola, que agora está como nova, e ali inscrevam os seus filhos.
Também os presidentes da União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto, Arnaldo Custódio, e do agrupamento de escolas D. João II, Jorge Graça, destacaram a requalificação de que a escola foi alvo e mostraram o seu agrado com a continuidade do seu funcionamento em Tornada.
Mais obras em escolas básicas
Em Janeiro do próximo ano deverá começar a obra de requalificação da Escola Básica da Encosta do Sol. Depois de um primeiro concurso ter ficado deserto (por nenhuma empresa concorrer com o valor proposto), já foi feito um segundo concurso e a obra será executada por um valor de 1,4 milhões de euros, após o visto do Tribunal de Contas. De acordo com Tinta Ferreira a obra deverá estar totalmente concluída no início do ano lectivo 2020/2021, mas as aulas irão decorrer durante a intervenção, dado que esta será feita de forma faseada.
Está também a ser elaborado o projecto para a requalificação da escola do Avenal, cujo concurso deverá ser aberto no primeiro trimestre do próximo ano. A Câmara está ainda a começar os levantamentos topográficos e os estudos para a construção de um pequeno centro escolar em A-dos Francos, de forma a poder juntar os alunos daquela freguesia.
Infiltrações nas escolas de Santa Catarina e de A-dos-Francos resolvidas
[caption id="attachment_124103" align="alignright" width="307"] Em Março deste ano, Gazeta das Caldas noticiou as infiltrações gravesna escola de Santa Catarina[/caption]
No início do ano lectivo estão resolvidos os problemas de falta de manutenção em algumas escolas. Em Santa Catarina o telhado da escola foi reparado, tendo sido colocado um novo revestimento para a impermeabilização, numa obra de 4500 euros que ficou concluída em finais de Agosto.
Em Março deste ano Gazeta das Caldas tinha noticiado as más condições naquela escola, onde as infiltrações ameaçavam danificar a estrutura. A chuva caía pelos tectos, depois de se infiltrar nas quatro clarabóias do edifício principal. O problema surgiu pela primeira vez em 2001, mas no ano seguinte foi colocado um barramento que resolveu a questão. Só que essa solução tinha uma validade de dez anos e passaram 15 sem nada ter sido feito. Até agora.
Os problemas de infiltrações ficaram, assim, resolvidos naquele estabelecimento de ensino ainda antes do início do ano lectivo. O mesmo aconteceu na escola de A-dos-Francos, onde já não chove nos contentores exteriores. Segundo disse Alexandra Reis, da direcção do Agrupamento Bordalo Pinheiro à Gazeta das Caldas, o problema foi resolvido.
Em Abril deste ano, na sessão pública da Câmara das Caldas, a oposição PS havia alertado para a necessidade de obras nos contentores exteriores da Escola Básica de A-dos-Francos, que apresentavam infiltrações graves. Também ali se recorria aos baldes para conter a água.