Parque D. Carlos I é um dos espaços oficiais de celebração do Natal nas Caldas. Animação custou 115 mil euros e quer atrair mais gente à cidade termal
São mais de mil as figuras que fazem parte do presépio que ocupa toda a área da Casa dos Barcos. Este é um dos espaços que os visitantes não podem perder e que abriu portas ao público a 30 de novembro. O seu autor é Rui Martins, natural de Alguber, Cadaval. A montagem demorou três semanas mas são incontáveis as horas que o autor necessitou para desenvolver os mecanismos que dão movimento aos pescadores, às lavadeiras, aos moinhos e às serras que se movem com a força da água. “Comecei a ser conhecido pelos meus presépios há uma década”, disse o autor que colocou a Sagrada Família na parte pobre da grande “aldeia imaginária” que é este gigantesco presépio. A gruta que acolhe a família de Jesus está junto aos pastores e, nas proximidades, Rui Martins colocou um oleiro e um canteiro. “Nós, nas mãos de Deus, somos como o barro na mão do oleiro ou a pedra nas do canteiro”, disse o autor, trabalhador da construção civil e que é capaz de recriar o dia a dia de uma antiga aldeia nos seus presépios. Estes inspiram-se no trabalho de José Franco, de Mafra.
Este presépio gigante inclui igreja, castelo, uma quinta, a casa dos moleiros, pastores, rebanhos, verduras e árvores, o ferreiro a trabalhar, tudo com impressionantes mecanismos que não se encontram à vista do visitante. “Quando era miúdo guardava todas as moedas para comprar as figuras do presépio”, disse o autor que se orgulha de realizar este tipo de trabalho em várias localidades.
Segundo Pedro Braz, presidente da União de Freguesias de N. Sra. Pópulo, Coto e S. Gregório, a entrada para o presépio custa um euro e meio, mas 50 cêntimos “vão reverter a favor da Cruz Vermelha, ADRA, Vicentinas, a Ordem do Trevo e para a Refood”.
Ao todo houve um investimento de 115 mil euros, valor que inclui aluguer da tenda do circo, dos insufláveis, piscina de bolas, karts para as crianças e estas são apenas algumas das muitas propostas do Natal Encantado que integra também um Mercado. Em vez de alugar cenografia, este ano “optámos por adquirir várias figuras, muitas feitas por entidades locais. Pagámos os materiais e eles executaram as figuras”, disse o autarca. Há, por exemplo, uma pequena aldeia de Natal cujos elementos foram feitos por escolas e IPSS’s. Os bonecos de neve foram feitos pelas crianças dos infantários locais. “Tentámos envolver toda a gente”, disse o presidente da Junta, orgulhoso por poder contar com uma grande envolvência institucional nesta grande festa que celebra a quadra. Houve ainda um esforço para que “quase tudo fosse adquirido no concelho”, apostando desta forma na economia local.
Também no coreto há animação e são muitas as propostas na Casa do Pai Natal e noutras áreas do parque agora prontas e decoradas a rigor para receber visitantes de todas as idades.
“Estamos felizes com esta aposta no Natal Encantado. É algo que nos orgulha e que vai atrair muita gente à cidade”, disse Pedro Braz durante a abertura de Natal Encantado, que contou com dezenas de participantes, representantes dos mais variados setores. O autarca voltou a sublinhar que a presença do circo “não prejudica o Parque” e que além dos 30 espetáculos de circo, todos as atuações natalícia terão lugar nesta tenda que leva 600 pessoas”. E são várias as atuações que estão previstas para o local. O presidente da Câmara,Vítor Marques espera que as pessoas se divirtam com as propostas que há nas Caldas e aproveitou para garantir que todas as freguesias caldenses “terão apontamentos de Natal”. ■