Decisão foi tomada pelo Conselho Intermunicipal e será agora deliberada em assembleia intermunicipal até ao final do ano.
O Conselho Intermunicipal do Oeste, reunido a 29 de setembro, aceitaram a proposta de aquisição do Convento de S. Miguel, nas Gaeiras, por parte do munícipio de Óbidos.
A alienação do imóvel, por 1,100 milhões de euros, será agora deliberada em Assembleia Intermunicipal, que deverá decorrer no final do ano. “Achamos que aquele imóvel estará melhor com a Câmara de Óbidos, pela conservação, manutenção e pelo que poderá fazer com ele no futuro”, explicou o presidente da comunidade intermunicipal, Pedro Folgado, à Gazeta das Caldas.
A Câmara de Óbidos apresentou inicialmente uma proposta, no valor de 1 milhão e 80 mil euros, mas a avaliação da OesteCIM foi no sentido de mais 20 mil euros e, do ponto de vista jurídico, o valor a ter em conta é o da avaliação da proprietária do imóvel. O presidente da Câmara de Óbidos, Filipe Daniel, aceita o valor e destaca que o principal é a possibilidade de reabilitação daquele património.
Quando adquirido pela OesteCIM o antigo convento, que data de inícios do século XVII, deveria ser transformado em Museu Agrícola, mas o autarca refere que este poderá a vir acolher trabalho colaborativo, mas também um projeto ligado ao termalismo. “Pelas boas relações que temos com as Caldas podemos fazer aqui um trabalho complementar do ponto de vista do plano das águas termais”, disse o autarca.
Filipe Daniel explicou ainda que, além da aquisição, a autarquia terá de investir na sua reabilitação, um valor que estima andar na ordem dos 250 a 300 mil euros. “Existem madeiras muito importantes no interior do edifício que temos de garantir que são bem preservadas”, disse, acrescentando que numa primeira fase pretendem garantir a manutenção da infraestrutura para depois dar-lhe, então, a devida utilização.
O imóvel, que esteve ao abandono durante muito tempo e alvo de vandalismo, já foi propriedade da Câmara de Óbidos entre 1984 e 1994, ano em que esta autarquia o vendeu à então Associação de Municípios do Oeste (AMO), para ali fazer a sede, juntamente com a criação de um museu e um centro de apoio a atividades económicas, o que nunca se viria a concretizar. Na altura o edifício foi vendido por 120 contos (600 euros), liquidando uma dívida antiga à AMO e encontra-se classificado no Plano Diretor Municipal como espaço museológico.