Em 2023 registaram-se 11.153 crimes na região, num aumento de quase oito pontos percentuais face ao ano anterior. Oeste é, ainda assim, um território seguro
A criminalidade tem vindo a subir no Oeste. Tal é evidente pelos dados disponibilizados recentemente pelo INE – Instituto Nacional de Estatística relativos a esta temática.
Em 2023 registaram-se 11.153 crimes na região, num aumento de quase 8% face a 2022, ano em que se haviam registado 10.327 crimes. Em 2021, ano marcado ainda pela pandemia e o primeiro em que existem estes dados para comparação, o número de crimes foi de 8.533. A nível nacional, no último ano, o aumento fixou-se nos 8,1%, para um total de 371.995 crimes cometidos no ano de 2023. Quer isto dizer que o Oeste é um território seguro para viver, num dos países mais seguros e pacíficos da Europa.
Em termos absolutos, os concelhos onde se registam mais crimes nesta região são os Torres Vedras (2.410 crimes em 2023), Alcobaça (1.513), Alenquer (1.424) e Caldas da Rainha (1.355 no último ano). Mas os dados permitem também uma análise mais detalhada e fiável, por exemplo, ao nível da taxa de criminalidade. E, nesse campo, é possível perceber que os concelhos que apresentam uma mais alta taxa de criminalidade no Oeste são os de Peniche, Nazaré e Sobral de Monte Agraço (que curiosamente até foi o único da região no qual a taxa desceu), que são os únicos três da região que ficam acima da média nacional. Ou seja, analisando a taxa de criminalidade a leitura é de que o Oeste é um território seguro. É que a região fica abaixo da média nacional e só três dos doze concelhos ficam acima da média nacional. Óbidos fica próximo desses valores, mas ainda abaixo. Já o concelho das Caldas aparece como o segundo território mais seguro da região, logo atrás do Bombarral. A seguir ao município termal aparece Arruda dos Vinhos, Alcobaça e Cadaval, seguindo-se Lourinhã e Torres Vedras.
O INE esclarece que os dados são fornecidos pela Direcção-Geral da Política de Justiça e frisa que “os totais contemplam os dados da Polícia Judiciária, da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana, da Autoridade Tributária e Aduaneira, da Polícia Municipal, da Polícia Marítima, da Polícia Judiciária Militar, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e incluem crimes de localização desconhecida ou não classificável, registados por entidades que operam a nível nacional”. ■