Vivem-se dias difíceis no Parque D. Carlos I. Há muito que a manutenção do parque deixou de ser prioritária e há problemas de segurança sobretudo nos dias Inverno, já que escurece mais cedo e há falta de iluminação. Gazeta das Caldas tem noticiado estas faltas em várias ocasiões, mais notadas quando se realizam eventos no parque.
Uma das entidades que vê a sua actividade prejudicada é o Museu de José Malhoa. Um edifício “escondido” num parque mal iluminado não é atractivo para ser visitado. E até algumas das suas funcionárias têm receio de sair do seu emprego ao fim da tarde e atravessar o parque.
As iniciativas que decorrem ao final da tarde e à noite deixam os visitantes na mesma situação, acontecendo, por vezes, que estes tenham que recorrer às lanternas dos telemóveis para poder alcançar as saídas. Segundo o coordenador do Museu, Carlos Coutinho, evita-se realizar actividades à noite por causa da falta de iluminação.
O problema relacionado com a manutenção e segurança está num aparente vazio de poder (ou vazio de responsabilidades). O CHO, que é o proprietário daquele espaço deixou de o cuidar. E a Câmara Municipal ainda não o cuida visto que a transição do património do centro hospitalar para o poder local ainda não foi formalizada.
A falta de segurança e de manutenção no parque é um tema recorrente nas redes sociais, apesar de, por vezes, haver alguns exageros. Recentemente foi aventada a possibilidade de os cisnes que moravam no lago terem sido mortos num acto de vandalismo. Mas a administração do CHO explicou à Gazeta das Caldas que um dos dois animais que ali viviam já tinha morrido há seis anos e que o segundo morreu em finais de Setembro de morte natural.
Actualmente, o Parque D. Carlos I possui seis gansos do Canadá, “deixados no lago por alguém desconhecido, que não solicitou ao CHO autorização para tal”, diz fonte oficial daquela instituição. Estes animais são alimentados pelos cinco funcionários do CHO que estão alocados ao Parque D. Carlos I e “que eram também responsáveis pela alimentação e tratamento do cisne”.
Segundo o CHO a segurança do Parque D. Carlos “é garantida pelos funcionários do centro hospitalar que exercem funções neste espaço, bem como pela empresa de segurança que presta serviços no CHO”.