Presença assídua em qualquer roteiro ou mesmo ranking dos melhores locais para visitar e caminhar ao ar livre em Portugal, os passadiços da Foz do Arelho estão, neste momento, interditos à circulação. Esta foi uma decisão tomada no contexto da pandemia da covid-19, de resto, tal como aconteceu com os parques infantis e outros espaços de usufruto pela população
O projecto dos passadiços da Foz, que se encontram interditos à população, foi elaborado pela arquitecta paisagista Nadia Schilling e desenvolvido pela Câmara em conjunto com a ARH – Tejo (Administração da Região Hidrográfica), numa obra que perto de um milhão de euros, comparticipada por fundos comunitários. Inaugurados em 2016 e com uma extensão de 800 metros, os passadiços da Foz são feitos em madeira, com miradouros e algum mobiliário onde os visitantes podem contemplar a paisagem.
A atestar o interesse do projecto está o facto de ter sido seleccionado para integrar o Atlas of the World Landscape Architecture de Markus Sebastian Braun e Chris van Uffelen, um livro de arquitectura paisagista a nível internacional. Os passadiços são também referência recorrente na imprensa escrita e nas redes sociais, figurando nos rankings dos mais belos passadiços a visitar em Portugal.
A tomada de medidas de segurança por causa da pandemia levou a que o seu acesso fosse vedado, tal como aconteceu com outros equipamentos públicos e de usufruto da população, como é o caso de parques infantis e de fitness. De acordo com a Câmara das Caldas, esta proibição será levantada quando “saírem orientações nesse sentido no âmbito da Saúde Pública”.
Um dos problemas que aquele equipamento apresenta é a falta de manutenção. Contudo, a “propriedade do terreno onde estão implantados os passadiços foi reclamada por um privado, o que fez parar as obras. Enquanto essa situação não for dirimida não é possível fazer qualquer intervenção”, conclui a autarquia.