A nova suspensão do serviço ferroviário na linha do Oeste, por quatro meses, com vista ao rebaixamento da via para a electrificação da linha que contém o Túnel da Sapataria, leva o PCP a denunciar os atrasos que se verificam na obra de requalificação. A Direção da Organização Regional de Leiria (DORLei) do partido lembra que as empreitadas da Linha do Oeste foram apresentadas em 2016 e incluídas no chamado Ferrovia 2020, mas só se iniciaram, de facto, no terceiro trimestre de 2021. “Ou seja, estamos em março de 2024 e as obras dificilmente estarão concluídas na Linha do Oeste antes do fim do ano (se, entretanto, não existir nova derrapagem dos prazos), cerca de quatro anos e meio de atraso face ao previsto naquele documento de planeamento de 2016”, refere em nota de imprensa.
Os comunistas responsabilizam os sucessivos governos do PS e do PSD/CDS pelo estado a que chegou a ferrovia e consideram que o quadro político resultante das últimas eleições legislativas “não augura nada de bom, designadamente em relação à linha do Oeste e ao transporte ferroviário”. Realçam que numa região onde a dependência do transporte individual “é esmagadora”, o PCP não deixará de “acompanhar e de intervir no sentido de garantir a urgente conclusão das obras na linha do Oeste e de mobilizar as populações em torno desta justa reivindicação”. Defendem também o reforço da oferta, com mais e melhores comboios, maior frequência e articulação entre a linha do Oeste e a Linha do Norte. Também a contratação e valorização de trabalhadores ferroviários, o investimento nas estações e apeadeiros, redução do preço do passe intermodal metropolitano, a criação de passe regional e o reforço do transporte público rodoviário, são reivindicações do PCP. ■