Peditório dos bombeiros rendeu verba recorde de 138 mil euros

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Comandante e presidente da direção dos bombeiros com o presidente da Câmara ao centro, junto ao resultado coleta | Joel Ribeiro

Em ano de crise, os donativos da população, da autarquia e do próprio corpo de bombeiros superaram em 5 mil euros os 133 mil apurados em 2017

O Cortejo de Oferendas da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha, realizado no passado domingo, 29 de novembro, apresentou a maior receita de sempre do peditório da corporação, com um total de 138.417,16 euros, valor que supera em mais de 5 mil euros o anterior máximo, que se tinha registado em 2017 (133 mil euros).
Nelson Cruz, comandante da corporação, mostrou-se “extremamente sensibilizado e feliz pelos valores apresentados”, acrescentando que tem sido em tempos de crise que a população caldense mais se tem mostrado generosa. Recorde-se que o anterior máximo remonta ao ano dos incêndios de grandes dimensões que assolaram o país e aos quais a região não escapou.
Nelson Cruz agradeceu aos presidentes de junta e aos colaboradores, assim como aos bombeiros, que, de forma voluntária, realizaram o peditório. O comandante assinalou, ainda, o facto de a corporação ter doado à associação a verba a que tinha direito referente ao dispositivo de incêndios, que somou 8.881 euros. Agradeceu ainda o “cheque” de 22 mil euros da Câmara das Caldas, que representa “o culminar de todo o apoio que nos dá durante o ano nas nossas iniciativas e obras”.
Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas da Rainha, em nome de todos os autarcas presentes, falou do orgulho que sente da população. “Os caldenses perceberam quanto é importante este gesto”, que considera ser “o reconhecimento da imagem e do trabalho dos bombeiros junto da sua população”.
O chefe do executivo municipal disse que havia algum receio em relação a uma possível quebra de receitas do Cortejo de Oferendas deste ano, devido à crise, mas que, desta forma, a direção pode ficar mais tranquila na sua missão de dar condições à corporação para que esta exerça a função de salvar vidas e apoiar a população, num ano em que a própria AHBVCR viu as fontes de receitas diminuírem, com a impossibilidade de utilização das piscinas por parte dos utentes.
Este ano, o Cortejo de Oferendas foi realizado de forma mais restrita. A habitual festa que é momento de partilha entre a corporação e a população, contou apenas com a presença dos representantes do executivo municipal, da assembleia municipal e das juntas de freguesia. O próprio desfile dos carros pelas ruas não foi permitido pela Autoridade de Saúde, devido às restrições impostas devido à pandemia de covid-19.