Politécnico de Leiria baixa propinas de Mestrados para combater abandono escolar

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Foi com o objectivo de apoiar os estudantes no prosseguimento dos seus estudos e combater o abandono escolar que o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) decidiu baixar as propinas de mestrado em 25%. A medida foi tomada na passada sexta-feira, dia 15 de Junho, em Conselho Geral, e anunciada num comunicado onde a presidência da escola manifesta a vontade de que “nenhum estudante deixe de continuar os estudos por falta de condições económicas”.
Na mesma nota a direcção da escola anuncia ainda que as propinas das licenciaturas não vão sofrer qualquer aumento no ano lectivo 2012/13 e que serão mantidas as actuais condições de pagamento faseado.
“O Politécnico de Leiria tem feito um esforço muito grande no sentido de apoiar os seus estudantes e identificar, sempre que possível, precocemente, as situações de dificuldade para poder evitar estas situações mais extremas de incumprimento”, diz o presidente do IPL, Nuno Mangas. E é esta política de apoio social, bem como o esforço das famílias dos alunos, que em ano de agravamento da crise “tem permitido manter as taxas de incumprimento ao mesmo nível do ano anterior”, salienta a escola.
De acordo com os dados divulgados no comunicado, foram já identificados pelos Serviços Académicos da escola 713 alunos em situação de incumprimento e 504 alunos com planos de pagamento especiais activos, que permitem renegociar a forma de pagamento das propinas. Nestes casos, “o atendimento aos estudantes é sempre personalizado e cada caso é analisado individualmente, de forma a tentar ultrapassar situações de dificuldades”, esclarece Nuno Mangas, que salienta a importância dos Serviços de Acção Social, “que intervêm nas situações mais complicadas em que os estudantes possam necessitar de outro tipo de apoios”.
Entre as medidas adoptadas pelo IPL para ajudar os estudantes a prosseguirem os estudos superiores, está ainda o Fundo de Apoio Social ao Estudante, criado no final de 2011 e do qual beneficiam já 266 estudantes. Um fundo que poderá atingir os 115 mil euros, cerca de 1% do valor total das propinas, e cujo número de beneficiários regista uma “com tendência crescente”.

J.F.