
A Praça da Fruta deverá voltar ao tabuleiro original, na Praça da República, na próxima quarta-feira, 12 de Agosto. Essa é, pelo menos, a previsão da autarquia, que tem estado a trabalhar no sentido de preparar o regresso do mercado diário ao tabuleiro de calçada.
“Se tudo decorrer com alguma estabilidade em termos da crise epidemiológica que estamos a viver, estamos a apontar para 12 de Agosto o regresso da Praça da Fruta ao seu local de origem”, disse o presidente da Câmara das Caldas, Fernando Tinta Ferreira, no lançamento plataforma de comércio local online dos CTT, que decorreu no Mercado do Peixe, na manhã do dia 31 de Julho.
As indicações da autoridade de saúde, entidade que tem a última palavra acerca da reabertura do mercado, ainda não estavam finalizadas, mas entre as medidas que se previa adoptar para a reabertura estava o acesso reservado ao tabuleiro da praça, com a existência de um gradeamento que se coloca e se retira todos os dias.
A praça terá três entradas e saídas: uma no topo do tabuleiro, uma virada para a Rua das Montras (Rua Almirante Cândido dos Reis) e outra na zona mais abaixo, sendo que “para a Rua da Liberdade não existirá entrada, para evitar que a praça seja utilizada só como passagem”, explicou o presidente da Câmara.
Previsto está também o limite de utilizadores, que será garantido através do controlo de entradas, feito por funcionários da Câmara ou contratados. “Até ontem, e as regras estão a evoluir, as autoridades de saúde apontavam para um total de 100 clientes em permanência na Praça”, esclareceu o autarca. O mercado terá “sentidos únicos” de circulação, com seguranças a sensibilizar os clientes para que cumpram os circuitos e, dessa forma, evitem o cruzamento entre pessoas. A utilização de máscara e de álcool-gel também são medidas obrigatórias, tanto para clientes como para vendedores. As práticas ao nível da segurança e higiene dos produtos que já estavam a ser adoptadas na solução temporária que foi a Expoeste também serão para manter no regresso da Praça da Fruta à Praça da República. “O objectivo é dar segurança às pessoas de que podem ir ao seu mercado fazer as compras”, fez notar Fernando Tinta Ferreira. “Estamos com alguma expectativa de que é possível voltar a funcionar sem riscos de maior para as populações e temos que, aos poucos, nos ir habituando a voltar a alguma normalidade com regras”, acrescentou.
Devido à pandemia, a Praça da Fruta, que se realiza desde o século XV, foi suspensa em Março deste ano para evitar que pudesse ser um foco de contágio. Ainda assim, para que o mercado se continuasse a realizar, a autarquia trabalhou na adaptação do pavilhão de exposições da Expoeste, investindo ali cerca de 30 mil euros. Já no mês de Abril o mercado diário abriu nesse novo espaço, totalmente fechado, permitindo manter a actividade dos vendedores (alguns deles produtores) e possibilitando aos caldenses que continuassem a comprar os produtos a que estão habituados. A solução agradou a alguns vendedores, que pediram que a Praça da Fruta já não voltasse ao seu local de origem. No entanto outros ansiavam já pelo regresso à localização original.