O auditório da Câmara das Caldas acolhe esta noite, 30 de Março, uma reunião que tem como principal objectivo a constituição de uma comissão de utentes e profissionais do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON). No encontro deverá ainda ser definida a posição estratégica desta comissão no âmbito da reorganização hospitalar que está a ser levada a cabo pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Marcada para as 21h00, a reunião está aberta à participação de todos os interessados. Caldas segue, assim, as pisadas dos restantes concelhos afectados pela reestruturação das unidades hospitalares da região, onde já foram constituídas outras comissões de utentes.
Em Alcobaça foi já entregue à autarquia a petição promovida pela comissão, que está ainda a elaborar uma proposta que pretende fazer chegar à ARSLVT como alternativa aos cenários que estão a ser estudados pela tutela.
Em Peniche a Comissão Municipal de Acompanhamento do Hospital promoveu uma reunião com a população de onde saiu uma Declaração de Princípio em defesa do hospital local.
Já em Torres Vedras a petição lançada pela comissão de utentes alcançou 11 mil assinaturas e a sua entrega na Assembleia da República estava agendada para ontem, 29 de Março. Esta noite o grupo promove um colóquio sobre a proposta de reorganização dos cuidados hospitalares com a presença de representantes da Ordem dos Enfermeiros e da Ordem dos Médicos. Um encontro marcado para as 21h00 no auditório da Associação Comercial, Industrial e de Serviços da Região Oeste, na Praceta Dr. Vilela, em Torres Vedras.
Nos próximos dias deverá ter lugar uma reunião que deverá juntar as quatro comissões, mas à hora de fecho desta edição ainda não se sabia a data e o local do encontro. A concretizar-se, esta será a primeira iniciativa a promover o debate da polémica reorganização hospitalar além das fronteiras de cada concelho, o que poderá trazer um novo impulso a uma contestação que já dura desde o início de Fevereiro.
Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt
Há comissões de utentes, mas não há dinheiro, nada feito.