
Os caldenses e dezenas de visitantes que habitualmente percorrem o centro das Caldas da Rainha aos sábados de manhã foram surpreendidos a 24 de Março com uma série de fotografias espalhadas pelo chão da rua das Montras e penduradas nos postes de iluminação públicas de outras artérias.
As 97 fotografias expostas fazem parte da colecção de honra da Associação de Fotógrafos Profissionais de Portugal (AFP), que pela sétima vez organizou na Expoeste, de 24 a 27 de Março, a Expofoto.
O sétimo Salão de Expositores da AFP e 16º seminário de Fotografia e Vídeo trouxe às Caldas cerca de 3.500 pessoas, a maioria das quais fotógrafos, mas também familiares destes.
Um evento anual que, para Marcos Pinto, presidente da AFP e proprietário da Foto Franco, tornou Caldas da Rainha na capital da fotografia durante estes dias. Em 2005, quando pela primeira vez se realizou o evento na Expoeste, Marcos Pinto estaria longe de imaginar que este se iria passar a realizar sempre nas Caldas.

A ideia inicial seria organizá-lo em localidades distintas ano após ano, mas o apoio da autarquia caldense e da ADIO (que cede gratuitamente a utilização do espaço) fez com que decidissem manter-se nesta cidade. “Estamos no centro do país e aqui é tudo mais barato do que num grande centro urbano”, acrescentou o dirigente. Os vários apoios permitem também que a entrada na feira seja gratuita.
“Acho que temos a maior feira de fotografia que actualmente se realiza na Europa porque nos outros países estão todas a decair. Em Portugal não há mais nenhum evento para a apresentação das empresas de fotografia”, referiu o presidente da associação, para explicar o sucesso do certame.
Foi para trazer à cidade o que se passa durante estes quatro dias na Expoeste que decidiram este ano fazer uma apresentação das fotografias dos autores portugueses que obtiveram as melhores qualificações na avaliação dos juízes AFP. “Para que as pessoas possam ver a qualidade da fotografia que é feita em Portugal, que é muito elevada. Temos fotógrafos que já são certificados ao nível europeu”, salientou Marcos Pinto.
A surpresa tinha sido preparada pela organização da feira na noite anterior e, apesar das preocupações iniciais, não houve vandalismo. A curiosidade foi muita, logo nessa noite e os transeuntes não pouparam elogios à qualidade das fotografias.
Estas imagens farão parte de um livro de honra que a associação irá publicar em breve e estiveram também expostas na Expoeste, durante a feira.
Desta associação só fazem parte fotógrafos profissionais de áreas como casamentos, moda, arquitectura, publicidade e fotografia de estúdio, entre outras.
Na feira estiveram representadas 30 empresas, a maioria portuguesas, mas também algumas de Espanha e França. No seminário, que contou com 250 participantes, houve delegações oriundas de países como Bélgica, Holanda, Espanha, Angola e Brasil, entre outros.
“Temos muito orgulho em receber esta exposição internacional, por onde passam os maiores nomes da fotografia e do vídeo”, referiu António Marques, director da Expoeste. Para o responsável, faz todo o sentido que a Câmara apoie este certame, “não só pela visibilidade que dá às Caldas, mas também pelo número de pessoas que traz à cidade”.
Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt