Foi inaugurado no passado domingo o Centro Pastoral de Salir de Matos. Nove meses depois do início das obras, a primeira fase (que é composta por uma sala multiusos e uma cozinha) está terminada, ficando assim a faltar o primeiro andar, que será dedicado a um novo salão e salas para a catequese. Os custos desta primeira fase da obra (perto dos 200 mil euros) foram repartidos pelo Estado (70%), pela Câmara (15%) e pelos paroquianos (15%) que todos os domingos fazem e vendem pão, café d’avó e filhoses, aproveitando ainda o Santo Antão para vender chouriços e angariar mais algum dinheiro.
No passado domingo foi inaugurado o Centro Pastoral de Salir de Matos. A cerimónia começou com uma missa, seguida dos discursos e da bênção do edifício por parte do bispo José Traquina, terminando com um almoço convívio a estrear as novas instalações. A população de Salir de Matos quis conhecer a obra e, no primeiro dia, a moldura humana deu um colorido muito bonito à sala.
A empreitada da primeira fase está concluída e traduz-se numa sala multiusos e numa cozinha, tendo custado cerca de 200 mil euros. O financiamento foi tripartido pelo Estado Central (que disponibilizou cerca de 140 mil euros), pela Câmara (um valor a rondar os 30 mil euros) e pela paróquia, que conseguiu angariar perto de 30 mil euros.
A ideia de criar este espaço nasceu há 15 anos atrás, ainda com o padre Eduardo que foi comprando terrenos para a obra. Daí para a frente, a conclusão do projecto deve-se, em grande parte, ao padre Filipe. Este, no seu discurso, agradeceu à paróquia “por ser incansável no seu esforço”, destacando o papel daqueles que sonharam com esta obra e que já não estão vivos para dela usufruir.
O pároco apelou ainda à boa vontade e generosidade da comunidade emigrante. “Esta é uma obra de todos e é um equipamento também para eles, que gostam muito da terra e de vir cá e ver o sítio onde nasceram mais bonito e com mais condições”. Assim, e tendo em conta os avultados valores, o padre lembrou que “o pouco pode fazer a diferença”. Os interessados em contribuir para a segunda fase da obra poderão fazê-lo através do NIB 003501830000575923047.
Rui Jacinto, presidente da Junta de Freguesia, salientou o empenho e o trabalho das pessoas e o apoio, tanto da autarquia como do Estado Central. “Em tempos de crise, este é um exemplo de uma boa aplicação dos fundos que são de todos nós”, disse o autarca, antes de apelar a uma boa utilização e manutenção do espaço.
Já Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas, destacou a “imaginação e arte” da autarquia caldense para conseguir criar obras que ajudem as pessoas, lembrando ainda as infra-estruturas existentes nesta localidade e as suas boas condições. “Esta obra serve para criar relações entre as pessoas, mas se conseguirmos avançar para a segunda fase, servirá também para criar condições para a educação espiritual” afirmou o edil caldense, antes de lembrar o papel da espiritualidade no seio da comunidade local.
O padre Eduardo lembrou que “esta terra tem uma coisa única: é uma terra de pessoas muito solidárias”. O Centro Pastoral é uma “obra que abre muitas perspectivas”, afirmou. Segundo o pároco, o actual salão será reestruturado e será ali leccionada catequese.
Hugo Coito é natural de Salir de Matos e destaca a importância da obra para o desenvolvimento da terra. “Finalmente temos o nosso Centro Pastoral”, disse, elogiando depois o produto final. “Está tudo muito bem concebido, agrada-me bastante, está espectacular”, exclamou, antes de se mostrar curioso com a segunda fase da obra.
Dos Casais da Ponte veio João Duarte, que se revelou “muito contente” por estar no convívio. “Foi um empreendimento bom que veio para aqui, mas a freguesia merece, porque é uma freguesia muito grande”, disse. “O Centro Pastoral traz convívio e alegria, engrandece a freguesia”, afirmou.