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Um pacote suspeito foi encontrado no recreio do pré-escolar da Infancoop e, de imediato, foi chamada a polícia.
Estava assim dado o início ao simulacro que, na manhã de 5 de Abril, envolveu todos os que estavam naquela instituição.
Logo que chegaram, os elementos da PSP mandaram retirar as crianças para um lugar seguro e foi criado um perímetro de segurança para que, numa situação real, ninguém fosse afectado por uma eventual explosão. Estava assim completo o simulacro, mas a intervenção da polícia foi mais longe, com a demonstração, no jardim do pré-escolar da preparação e actuação da equipa de inactivação de explosivos, da Unidade Especial de Polícia, que está sediada no comando de Leiria. Os dois elementos daquela equipa vestiram o equipamento de alta protecção e fizeram todos os procedimentos como se fosse uma situação real tendo feito rebentar o objecto suspeito.
Nuno Oliveira, comandante da esquadra caldense da PSP, revela que este foi o primeiro pedido de simulacro que tiveram com objectos estranhos e considera que é importante que os cidadãos tenham uma noção do que pode vir a acontecer numa situação de perigo. “Portugal é considerado um país relativamente seguro, mas nunca se sabe da eventualidade de acontecer algum atentado”, disse.
Na Infancoop já foram realizados simulacros de tremor de terra, incêndio e risco de explosão. “Estamos a tentar cobrir todas as situações complicadas que nos possam acontecer”, explica o presidente da direcção, Pedro Sequeira. O responsável revelou ainda que estas simulações permitem-lhes perceber não só as situações de segurança, como também se os trabalhadores asseguram os processos de emergência e se a instituição tem alguns riscos. Desta vez perceberam que, numa situação a sério, as crianças teriam que levar consigo as mochilas, pois isso facilitaria à Unidade Especial da Polícia perceber se existiam ou não objectos estranhos noutros locais.
“Também é pedagógico pois permite às crianças perceberem que em Portugal existem equipas que fazem este tipo de trabalho de que eles só têm conhecimento pela televisão”, conclui Pedro Sequeira.