Apenas 30 pessoas participaram na passada sexta-feira num baile de máscaras de Veneza do séc. XIX no Museu Malhoa. Ao som da valsa e rodeados de obras de arte, os mascarados dançaram durante mais de uma hora.
O ponto de encontro foi no Museu da Cerâmica, que estava todo iluminado, permitindo um passeio pelos jardins. À espera dos convidados, que iam chegando, havia chá e biscoitos. Já depois das 22h30 a comitiva de cerca de 30 pessoas seguiu a pé em direcção ao Museu de José Malhoa, dando a volta ao parque pelo lado do antigo hotel Lisbonense e entrando pela Rua de Camões.
À passagem da comitiva os transeuntes perguntavam que iniciativa era esta, registando-se mesmo quem a tenha ‘marcado’ na agenda do próximo Carnaval.
No museu do parque havia uma exposição de máscaras da época de autoria de “La Serenissima Maschere”. Depois de a apreciar, os divertidos reis do Carnaval das Caldas, Zé Povinho e Maria da Paciência, abriram o baile.
Entre músicas mais calmas, dançadas a dois, e outras mais movimentadas, dançadas em grupo, celebrou-se um Carnaval diferente, numa viagem a outros tempos da História.
Talvez por se realizar em simultâneo com o concerto dos Dama no CCC e por haver jogo do Benfica à mesma hora, a iniciativa não conseguiu ter tanta adesão como em 2015. Ainda assim, houve quem não pudesse bailar porque não estava trajado a rigor.
Em 2015, na primeira vez que se realizou a iniciativa, a historiadora Conceição Colaço fez uma contextualização em que recordou a ligação de D. Maria Pia às Caldas e o baile de máscaras que D. Luís deu pelo carnaval de 1865, para matar as saudades que a rainha sentia do seu país natal (Itália).
Nesse ano a comitiva, em números semelhantes, mas com mais mascarados, seguiu de um museu para o outro acompanhada de gaita de foles de um músico, o que este ano não aconteceu. Saliente-se também que em 2015, à saída, os participantes queixaram-se da falta de iluminação do parque, o que nesta segunda edição (visto que em 2016 não se realizou) já não aconteceu.