As obras da Linha do Oeste entre Caldas da Rainha e Meleças parecem estar a duas velocidades. No troço, cuja obra foi lançada anteriormente, entre Meleças e Torres Vedras, os trabalhos parecem caminhar a passo de caracol, com intervenções na via férrea esporádicas, bem como nas estações e na construção de passagens desniveladas.
Pelo contrário, no troço entre Caldas da Rainha e Torres Vedras, as obras parecem progredir mais rapidamente havendo intervenção em grande parte do troço, especialmente entre Bombarral e Torres.
Nesta intervenção já se podem ver instaladas bastantes catenárias para a passagem dos cabos de abastecimento da energia elétrica para os comboios, bem como há intervenções em várias estações, abertura de novas vias para eliminar curvas, instalação de bases para a sinalização elétrica, parecendo que estão a trabalhar para cumprir minimamente os prazos.
Alegadamente, e para um passageiro mais atento, o percurso de Torres até à linha de Sintra parece estar a atrasar-se ainda mais, podendo eventualmente impedir a ligação elétrica em todo o percurso, uma vez que ainda haverá, por exemplo, que intervir em vários túneis existentes nesse percurso, bem como nas próprias estações.
Um passageiro mais curioso perguntará a razão pela qual estes financiamentos europeus não podiam compreender a ligação da Linha do Oeste a Lisboa, através de Loures, em que não existe ligação ferroviário ou de Metro à capital? Provavelmente seria o ovo de Colombo para transformar radicalmente os acessos da Linha do Oeste ao centro de Lisboa poupando quase uma hora da ligação a partir das Caldas da Rainha quando o transporte for em modo elétrico. ■