Ir às urgências de um hospital passou a ficar bem mais caro desde o início de 2012, com o aumento das taxas moderadoras, segundo uma portaria publicada a 21 de Dezembro.
No hospital das Caldas, que tem um serviço de urgência médico-cirúrgica, o valor passou de 8,60 para 17,50 euros. Em Alcobaça e Peniche, com serviço de urgência básico, a taxa moderadora é agora de 15 euros. As consultas de especialidade custam agora 7,5 euros (antes custavam 4,6 euros). Nos centros de saúde o valor a pagar pela consulta médica passou dos 2,25 euros os cinco euros.
Segundo Carlos Sá, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON), o aumento das taxas moderadoras não afastou as pessoas das urgências (ver caixa).
Mas já o delegado de saúde pública, Jorge Nunes, diz que as alterações às regras de isenção das taxas moderadoras vão fazer com que muitas pessoas procurem os serviços daquela instituição.
As novas regras, que substituem o regime que apenas obrigava à apresentação de um atestado médico para a isenção, obrigam a que os doentes crónicos até agora isentos tenham que provar uma incapacidade igual ou superior a 60% para poderem continuar sem pagar estas taxas. “Isto vai fazer com que muitos utentes acorram à delegação de saúde e a afluência vai ser enorme. Já começou a aumentar e bastante”, referiu Jorge Nunes.
A Delegação de Saúde vai ter, por isso, que aumentar o número de juntas médicas que habitualmente realizam. “As pessoas têm até Abril para se adaptar à nova lei”, disse.
O delegado de saúde lamenta que uma unidade de saúde tenha que “fazer um trabalho que não nos deveria competir a nós porque está a roubar-nos tempo para as intervenções para o qual estamos vocacionados, que são as acções de promoção de informação e prevenção”.
Gazeta das Caldas tentou obter um comentário da directora Agrupamento dos Centros de Saúde Oeste Norte, Teresa Luciano, mas tal não foi possível por esta se encontrar de férias.
Nove horas à espera nas urgências das Caldas
Alguns utentes do Hospital das Caldas da Rainha estiveram, a 5 de Janeiro, cinco horas à espera de serem atendidas no serviço de urgências. Houve quemchegasse de manhã e só saísse das urgências ao princípio da noite.
Júlia Pimentel e Irene Pimentel (mãe e filha) deram entrada às 10h00 e eram 19h00 quando puderam finalmente ir para casa.
“Um dos doutores disse que havia falta de médicos. Eu sei que eles têm muito trabalho, mas nós tivemos de ficar à esperar tantas horas, sem comer e sem que alguém dissesse alguma coisa”, referiu Irene Pimentel.
Ambas receberam pulseira amarela na triagem, o que significa que a sua situação médica foi considerada como urgente.
Moradoras no Painho, revelaram que existem vários constrangimentos nos serviços de saúde do concelho do Cadaval. “A minha mãe está sem médico de família e eu pelo centro de saúde só teria consulta dia 20”, adiantou Irene Pimentel.
Segundo Carlos Sá, não houve nenhuma razão em especial para este tempo de espera, para além de uma procura fora do habitual durante aquelas horas.
De acordo com os números de afluência ao serviço de urgências nos primeiros cinco dias do ano, até houve menos atendimentos nas três unidades que fazem parte do CHON (Alcobaça, Caldas e Peniche) do que em igual período do ano passado.
Em 2011, de 1 a 5 de Janeiro os três hospitais atenderam nas suas urgências 845 pessoas. Este ano, nesses dias, foram atendidas 641 pessoas. No ano 2010 o número tinha sido 702 atendimentos. “Há que ter em conta que este ano não houve um surto de gripe como nos outros anos”, salientou.
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