António Curado, António Ferreira, Arnaldo Sarroeira, Carlos Gaspar, Filomena Cabeça, Jaime Neto, João Frade, Joaquim Urbano, Luís Botelho, Rui Correia, Teresa Mendes, Teresa Neto e Vasco Trancoso. São estes os 13 nomes que compõem a Comissão de Utentes do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON), mas que na realidade apenas junta utentes e profissionais de saúde dos dois hospitais caldenses (distrital e termal), não havendo ninguém de Alcobaça nem de Peniche.
No seu elenco estão profissionais de saúde (no activo ou reformados) e representantes do Conselho da Cidade, da associação comercial e da Liga dos Amigos do CHON.
O grupo foi constituído na passada sexta-feira, dia 30 de Março, numa reunião na qual participou cerca de 50 pessoas, sobretudo ligadas aos partidos caldenses, mas que fizeram questão de afiançar que estavam ali apenas na qualidade de utentes. Um número que ficou aquém das expectativas dos promotores da reunião e de alguns dos presentes, que manifestaram o seu desapontamento com a fraca adesão.
A comissão foi criada um mês e meio depois de a ideia ter sido lançada na reunião promovida pelos partidos de esquerda (BE, CDU e PS) no CCC. Trata-se de uma comissão ad hoc que se compromete a “representar da melhor maneira” os interesses de todos os munícipes e que pretende reforçar os princípios defendidos na petição já entregue na Assembleia da República e que reuniu mais de 14 mil assinaturas. Outro objectivo passa por “não deixar morrer a dinâmica de reflexão” iniciada com o encontro de Fevereiro e que se tem prolongado sobretudo nas redes sociais, disse António Curado.
Os nomes que compõem o grupo foram escolhidos após mais de uma hora de discussão de questões formais tais como o número de membros, a representatividade de utentes e profissionais de saúde ou a forma de constituição da comissão. Mas responde aos anseios dos presentes: ter um grupo com sensibilidades abrangentes, plural, com uma atitude pró-activa, que defenda a manutenção e o incremento da qualidade de todos os serviços prestados nos hospitais.
Já da plateia ficou o pedido para que a comissão tenha como objectivo final “a defesa do Serviço Nacional de Saúde em todas as suas vertentes” nas Caldas da Rainha e para que o grupo se formalize legalmente, o que lhe dará “garantia de democraticidade”.
Dando voz a algumas das ideias que foram debatidas durante mais de duas horas de encontro, António Curado realçou que a comissão “devia ser o embrião de uma associação que defendesse os serviços de saúde no Oeste e que se preocupasse com a perspectiva de que é inevitável existir um novo hospital entre Loures e Leiria”.
No início desta semana a comissão reuniu pela primeira vez para delinear a posição estratégica na contestação à reorganização hospitalar que está a ser ponderada pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Nos próximos dias o grupo deve participar num encontro com as comissões dos hospitais de Torres Vedras, Alcobaça e Peniche. Um encontro planeado há já algum tempo, mas que aguardava a constituição da comissão caldense.
Joana Fialho
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